Primeiro treinador da era Grupo City no Bahia, o português Renato Paiva ficou nove meses no Tricolor e deixou o cargo duramente criticado pela torcida do Esquadrão de Aço, devido a ausência de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. Mesmo após duras ofensas a ele, o comandante negou o ranço e revelou que ainda ama os torcedores da equipe baiana.
"Eu amo todas as torcidas que eu tive e amo a torcida do Bahia também, apesar deles dizerem que não. Desafiei todo mundo a encontrar uma declaração minha contra a torcida do Bahia e ninguém encontrou, mas uma vez eu tive uma declaração que foi mal interpretada", disse Renato Paiva ao canal Charla Podcast, no Youtube.
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Além de negar a má relação com a torcida, o técnico explicou um episódio que ficou marcado durante a sua passagem pelo Bahia. Em meio à pressão por resultados de uma equipe que lutava pela permanência na Série A, Paiva destacou, na época, que é avaliado apenas pelo clube, e não pelos torcedores.
"Eu disse que sou avaliado por quem fica todo os dias no treino comigo, quem vê as minhas palestras aos jogadores, e essa figura era Cadu Santoro, o diretor. É evidente que os resultados também me avaliam, mas em um patamar diferente, essa é a avaliação do torcedor. Falei também que eles têm direito de opinião, mas só mostraram a primeira frase", concluiu o treinador.
A contratação do meia Cauly também foi comentada pelo ex-técnico do Tricolor. Renato Paiva destacou a crítica de alguns torcedores ao atleta e revelou que discutiu com Carlos Santoro para o clube contratar o meio-campista.
"Na época começaram a dizer: 'Vão contratar o Cauly, mas quem é o Cauly?'. Ele tinha uma das melhores médias na Europa League, pelo Ludogorets, e eu lutei com o Cadu Santoro [diretor de futebol] por um mês para ele vir, ele sabe que é verdade. Aí quando chegou, começaram a falar: o Cauly é craque", disse.