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É da Bahia! - 22/09/2025, 12:30 - Lucas Santos*

Do berço a topo da vela: baiano se destaca em ranking e visa Olimpíada

Velejador Bernardo Peixoto figura entre os melhores brasileiros no ranking da Starsailors League (SSL)

Jovem tem a aspiração de disputar os Jogos olímpicos de 2028, em Los Angeles
Jovem tem a aspiração de disputar os Jogos olímpicos de 2028, em Los Angeles |  Foto: Arquivo Pessoal

Apesar do Brasil ser conhecido mundialmente como o país do futebol, outros esportes também costumam ter seus dias de glórias. Além do vôlei, em que é potência desde os anos 90, da Fórmula 1, em que Ayrton Senna dominou o mundo por três vezes, e da ginástica, que cresceu muito nos últimos anos, um dos esportes que mais alcançou pódios em Olimpíadas é a vela, com 19 medalhas conquistadas, menos apenas que o judô e o atletismo.

E, com suas diversas categorias, o esporte aquático tem uma nova cara se destacando para manter a tradição brasileira: o baiano Bernardo Peixoto, de 23 anos, que compete em nome do Yacht Clube da Bahia. O jovem velejador já figura na melhor pontuação entre os brasileiros no ranking da Starsailors League (SSL), que elenca os melhores atletas do esporte, juntando todos os tipos de vela.

“Nem de longe eu me considero o melhor velejador do Brasil, eu ainda tenho muito a entregar. Liderar o ranking da SSL no Brasil é um reconhecimento gigantesco para mim e pela carreira que eu tenho feito”, descreveu Bernardo sobre a marca, mas colocando os ‘pés no chão’, ao MASSA!.

Integrante da Classe Nacra 17, mas com passagem gloriosa na Classe Snipe, onde conquistou a medalha de bronze no Mundial do ano passado e o título sul-americano júnior em 2022, o velejador tem a aspiração de disputar os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles. “O ranking da SSL me motiva ainda mais quando eu penso nas Olimpíadas, pensando em todas as campanhas que eu já fiz. Claro que o passo é gigante, o buraco é mais embaixo. Questões de investimento são bem maiores, mas confio muito no nosso trabalho”, destacou o jovem atleta, mostrando seu orgulho em elevar a Bahia ao cenário mundial da vela.

“Para mim, representar a Bahia como atleta no mais alto nível da modalidade é poder ter o direito, apesar de algumas restrições nutricionais e tomar cuidado com a alimentação, poder ter o direito de comer um acarajé, uma moqueca, um abará, como quiser. Então, sem dúvidas, eu fico feliz de ser baiano nessas horas”, brincou.

Velejadora Marina Arndt é  companheira de longas datas e parceira dentro da água
Velejadora Marina Arndt é companheira de longas datas e parceira dentro da água | Foto: Arquivo Pessoal

Parceira rumo às Olimpíadas

Na jornada rumo aos Jogos Olímpicos, o baiano terá a companhia da velejadora Marina Arndt, parceira de Bernardo desde a juventude, mesmo que ainda não competissem juntos até o ano passado. “Foi bem natural esse entrosamento, esse processo de virar dupla. Então, sempre foi uma coisa que eu pensei em velejar com Marina. Eu tive algumas oportunidades ali na época de vela jovem”, lembrou.

“Mas, enfim, hoje, a gente tá cada vez mais organizado, se dando bem no dia a dia, na rotina, né? Que não é fácil. Você tá ali o tempo inteiro com a pessoa, 100% dentro da água, fora da água, pensando nas coisas, pensando em melhorar. Então, no geral, eu estou bem satisfeito com o que a gente tem feito, com o trabalho que a gente tá. Ano que vem, acho que vai ser um ótimo ano pra gente também”, concluiu o atleta.

Atleta da Bahia é integrante da Classe Nacra 17
Atleta da Bahia é integrante da Classe Nacra 17 | Foto: Arquivo Pessoal

Inspiração no esporte

Sobre inspirações no esporte, Bernardo encontrou na família a motivação para começar a velejar, principalmente na figura do avô, o arquiteto Fernando Peixoto. “A vela começou, desde que eu me entendo como gente, meu avô sempre teve barco, então minha família sempre foi muito do mar. Desde que eu nasci, eu velejo, eu estudo dentro do barco, fui criado no mar, criado dentro do barco. Então, enfim, eu fui o primeiro a seguir a carreira como velejador profissional e atleta, mas eu não sei qual é a minha vida sem a vela”, indicou, acrescentando também a sua referência dentro da modalidade. “Tenho diversas inspirações na vela do Brasil, como Robert Scheidt, que tem que ser citado”, exaltou o jovem, ao falar do bicampeão olímpico.

*Sob a supervisão do editor Léo Santana

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