A Seleção Brasileira conheceu sua terceira derrota consecutiva nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, dessa vez no clássico contra a Argentina em pleno Estádio do Maracanã. O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista após o jogo.
Para Diniz, o resultado da partida foi "bastante injusto". O interino aprovou a atuação do time brasileiro e citou as chances de gol desperdiçadas, ainda alegando que o único lance de real perigo para os argentinos foi o gol marcado pelo zagueiro Otamendi.
"Jogo de dois times tradicionais, muito fortes, embora a gente teve um número de finalizações parecido, o Brasil levou muito mais perigo. A Argentina não teve nenhuma chance para fazer, a única que teve foi no escanteio, a gente errou na marcação e o Otamendi conseguiu fazer o gol. Tivemos quase também chances em muitos contra-ataques meio claros para acertar o último passe e poder finalizar. Estivemos muito mais perto da vitória do que a Argentina. Achei o resultado bastante injusto", avaliou Diniz.
Questionado se teria sido a melhor apresentação sob seu comando, Diniz não cravou. No entanto, ele respondeu que o contexto e dificuldade do jogo faz com que tenha sido pelo menos "uma das melhores" atuações.
"Difícil falar o melhor. Contra a Bolívia o time foi muito bem. Mas, se considerar a rivalidade, a Argentina, por vir num momento de muita confiança e ser o último campeão do mundo, há menos de um ano. A gente com o time muito mexido. Se considerar todas as variáveis que interferiram nesse jogo, se não foi a melhor, foi uma das melhores", pontuou.
Apesar de não ter considerado uma partida ruim da equipe, Fernando Diniz vem acumulando números muito negativos enquanto comanda interinamente o Brasil. Foi apenas a primeira derrota brasileira em Eliminatórias jogando em casa na história. Em 65 jogos da Amarelinha como mandante, foram 51 vitórias, 13 empates e agora um revés.
"Eu vou falar a mesma coisa que falei quando o Fluminense ganhou a Libertadores: você não pode achar que a vida é só estatística, se ela for só estatística está tudo muito ruim. Mas se a gente analisar como um processo de mudança, de jogadores, teve muitas coisas. Hoje tivemos três jogadores que disputaram a última Copa do Mundo, a Argentina teve quase um time completo. E jogando assim, com confiança plena, porque se a Argentina perdesse hoje, como perdeu do Uruguai, tinha uma aceitação do público diferente. Então, o desempenho está oscilando. Contra a Colômbia eu falei que jogamos boa parte do tempo melhor. E quando a gente fala não tem um impacto grande. O treinador da Argentina assistiu ao mesmo jogo que eu, ele concordou", pontuou Diniz.