O contrato de Didier Deschamps no comando da seleção francesa foi prorrogado até 2026, anunciou o treinador dos "Bleus" durante a assembleia-geral da Federação Francesa de Futebol, neste sábado (7) , em Paris.
No cargo desde 2012, Deschamps teria seu contrato rescindido após a Copa do Mundo do Catar, onde os franceses chegaram à final, vencida pela Argentina nos pênaltis.
“Quero anunciar algo que é um imenso prazer para mim: meu presidente decidiu estender [meu contrato] até 2026”, declarou Deschamps na tribuna da assembléia geral, onde foi recebido com fortes aplausos.
"Agradeço ao presidente (Noël Le Graët) por seu apoio permanente e sua confiança contínua", acrescentou. "É algo que é essencial no funcionamento da seleção francesa."
Deschamps, que pretendia obter uma prorrogação até o Mundial de 2026 (nos Estados Unidos, Canadá e México), obteve assim uma vitória enquanto Noël Le Graët era mais favorável à renovação do seu contrato até a Eurocopa de 2024, na Alemanha.
"É um sinal de confiança muito importante poder ter um contrato até 2026", afirmou neste sábado o treinador.
Deschamps, que conquistou a Copa do Mundo de 1998 como jogador, tem o maior tempo no banco dos 'Bleus', à frente de Michel Hidalgo, que passou oito anos e seis meses no cargo (março de 1976 a junho de 1984), também detendo o recorde de partidas no banco francês (138, bem à frente dos 79 de Raymond Domenech) e, acima de tudo, o melhor retrospecto.
No cargo desde a Euro-2012
Apontado após a Euro-2012, onde a seleção francesa, com Laurent Blanc no comando, foi eliminada pela Espanha nas quartas de final (2 a 0), Deschamps colocou a equipe nos trilhos: sua seleção chegou às quartas de final da Copa do Mundo-2014 no Brasil, onde foi eliminada pela futura campeã Alemanha (1-0), depois levou a sua equipe à final perdida da Euro-2016 disputada em casa (derrota por 1 a 0 para Portugal) e ao título mundial na Rússia, antes de chegar novamente à final no Catar-2022.
Seu único fracasso aconteceu na Euro-2020, disputada em 2021, onde os Bleus foram eliminados nas oitavas de final pela Suíça.
"Se continuo é porque estou convencido de que há coisas bonitas para fazer e que tenho toda a energia para isso", disse o treinador, que lembrou com carinho da recente Copa do Mundo, apesar da derrota na final.
"A gente só viveu a felicidade lá (na Copa do Mundo de 2022), apesar de um desfecho cruel no final. Mas a partir do momento em que a vontade e a determinação estão no máximo e que meu desejo é compartilhado pelo meu presidente, se chega a esta decisão que me deixa muito feliz", explicou Deschamps.
Os vice-campeões mundiais voltam a campo no dia 24 de março, no Stade de France, contra a Holanda, no início das eliminatórias para a Euro-2024, único troféu que Deschamps não conquistou com os Bleus.