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Tem história! - 04/09/2023, 07:00 - Pedro Carreiro*

De volta à Bahia, Minotauro fala de novo projeto e relembra glórias

Em entrevista ao MASSA!, ex-lutador lembra de passado e projeta seu futuro

Natural de Vitória da Conquista, ex-atleta volta à Bahia pra divulgar seu energético
Natural de Vitória da Conquista, ex-atleta volta à Bahia pra divulgar seu energético |  Foto: Alan Deshi / Divulgação

Uma das maiores lendas no mundo das artes marciais mistas (MMA), Antônio Rodrigo “Minotauro” Nogueira tem trilhado uma jornada impressionante, repleta de vitórias, títulos e uma dedicação incansável ao esporte. Natural de Vitória da Conquista, na Bahia, ele e seu irmão gêmeo, Antônio Rogério “Minotouro” Nogueira, deixaram grande marca no MMA, não apenas como lutadores de elite, mas também como embaixadores, defensores e propagadores do esporte.

Em entrevista exclusiva ao MASSA!, o integrante do Hall da Fama do UFC destacou a alegria de retornar ao seu estado natal para promover a expansão da linha de energético que tem em parceria com o irmão, a “Minotauro Energy Drink”, para o Nordeste. Além disso, o ex-lutador de 47 anos compartilhou seus momentos mais marcantes no ringue, o que gosta de fazer fora do combate, refletiu sobre o legado que tem para o mundo das lutas e deu dicas a quem sonha em se tornar um lutador profissional.

Você e seu irmão, Minotouro, recentemente anunciaram uma parceria para o licenciamento do energético Minotauro Energy Drink. Como surgiu essa oportunidade e o que os fãs podem esperar desse produto expandido para o Nordeste?

Minotauro - Lançamos essa linha de energético com outro fabricante. Já tem um tempo que temos essa linha de energéticos. Mas agora estamos lançando no Nordeste com um super fabricante, que é a Minalba Brasil. A gente tá com uma grande parceria, estamos distribuindo em vários mercados da Bahia. Especialmente nesse lançamento que a gente está fazendo na rede de supermercados do Assaí. Temos esse energético já há muito tempo no estado do Rio de Janeiro, onde já nos tornamos, por alguns anos, o maior envasador de energético em garrafa pet de dois litros. É um marco pra gente estar na Bahia. No Nordeste e especialmente na Bahia.

Como é para você voltar ao seu estado natal e se envolver em eventos como esse?

Minotauro - Estaremos em Salvador e brevemente estaremos em Conquista também, futuramente para esse lançamento. Como falei, é muito especial pra gente estar no Nordeste, estar em Salvador, na nossa terra natal. Nós nos mudamos para Salvador na nossa adolescência. Salvador é nossa segunda casa. É a terra de axé, de misturas, de miscigenação, uma terra de energia.

O que a Bahia representa para você?

Minotauro - Vir à Bahia é especial para a gente. Como falei, lançamos esse energético no Rio de Janeiro em 2011, mas agora, com pé direito, vamos estrear no Nordeste. No nosso estado, na nossa cidade. Salvador eu considero a minha cidade, porque crescemos em Salvador. Cidade maravilhosa, que energia tem esse povo, então para gente é um sabor especial estar passando em Salvador.

Minotauro dá dicas a quem sonha em se tornar um lutador profissional.
Minotauro dá dicas a quem sonha em se tornar um lutador profissional. | Foto: Alan Deshi / Divulgação

Falando sobre sua carreira no MMA, você teve muitas conquistas notáveis. Quais você considera suas principais realizações?

Minotauro - O título do UFC em 2008 foi marcante, os dois títulos do PRIDE 2001 e 2003. O King of Kings também, todos foram marcantes. Mas acho que além dos títulos é a popularização do esporte, os nossos projetos sociais, o Hall da Fama do UFC, em 2016, o Hall da Fama social que a gente ganhou agora, há poucos meses. Também temos institutos sociais lá em Las Vegas. Cada título tem seu momento, seu sabor especial e todos esses que eu citei foram especiais. Mas principalmente a divulgação do nosso esporte, a popularização dos esportes no mundo.

Além das artes marciais, quais são seus interesses e paixões fora do mundo das lutas?

Minotauro - Gosto muito de esportes de praia. Kitesurf gosto muito, já fiz várias viagens onde andei 1.200km pelo mar. Gosto de água, esportes em contato com a natureza. Tenho uma paixão também por cavalos. Compito também em adestramento country, que se chama rédeas. Já ganhei o Campeonato Carioca de Rédeas. Fiquei entre os seis primeiros do Brasileiro, amador, lógico. Gosto de bicicleta. Geralmente esportes ao ar livre.

O que você diria que aprendeu sobre si mesmo ao longo de sua jornada no mundo das lutas?

Minotauro - Quando você fica mais velho, sua personalidade muda. Você começa a se cobrar e a enxergar mais os seus defeitos e de outras pessoas. Passa a relevar muita coisa, não guardar tanta mágoa. Tende a ser menos impulsivo e mais pensativo. Acho que por isso que os mestres geralmente são mais velhos. Então, com certeza passei a ver alguns alguns defeitos, passei a cuidar mais das pessoas em minha volta. Você cria responsabilidade, depois você se torna pai. Depois que você se torna manager, tenho mais de 80 faixas pretas formados de alunos e alunos dos meus alunos, você tem uma visão totalmente diferente da vida. Mas tudo tudo é um aprendizado e acho que você tende a querer deixar um legado. Acho que o mais importante é isso. Não é só sobre dinheiro, não é só sobre, vencer e ganhar títulos e sim deixar uma história, deixar um legado.

Olhando para trás em sua carreira, que impacto você espera ter deixado no esporte e nas pessoas que o acompanharam?

Minotauro - Além dos títulos e da representatividade que a gente tem no esporte, títulos individuais, a gente deixou um um grande legado em equipes. A gente tem uma equipe de 25 lutadores. Chegou a ter mais de quinze lutadores dentro do UFC, vários campeões mundiais, foram 13 títulos mundiais por aqui. Mas acho que o legado social, formar pessoas, formar caráter, mudar o caráter das pessoas através das artes marciais.

Quais são seus objetivos pessoais e profissionais?

Minotauro - Conseguir, por meio das artes marciais, mudar a vida das pessoas, seja a parte comportamental, atitudinal. Que possa mudar o futuro de crianças e jovens. Não para serem lutadores profissionais, mas que sejam pessoas mais dedicadas e determinadas.

*Sob a supervisão do editor Léo Santana

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