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Futuro promissor - 27/06/2024, 08:00 - Larissa Falcão

De Periperi à seleção: ginasta baiana conquista o Pan-Americano

Clara Beatriz, de 14 anos, é nascida e criada no Subúrbio Ferroviário de Salvador e tem feito bonito no esporte

Clara Beatriz foi campeã do Pan-Americano 2024, com Seleção Brasileira de Conjunto Juvenil
Clara Beatriz foi campeã do Pan-Americano 2024, com Seleção Brasileira de Conjunto Juvenil |  Foto: Reprodução/Instagram @clara_beatrizvaz

Com apenas 14 anos, a ginasta baiana Clara Beatriz está atingindo grandes marcos em sua carreira na ginástica rítmica. O último deles foi a conquista de três medalhas de ouro no Pan-Americano, pela Seleção Brasileira de Conjunto Juvenil, que aconteceu no início do mês, na Guatemala.

Nascida e criada em Periperi, bairro do Subúrbio Ferroviário de Salvador, Clara iniciou a carreira no ballet, com apenas dois anos, mas foi em 2018 que a ginástica rítmica virou “amor à primeira vista” na vida da atleta juvenil.

Ao Portal Massa!, Clara falou com exclusividade sobre a conquista do ouro. "Foi muito importante para mim, pois desde pequenininha já era meu sonho conquistar uma medalhe do Pan-Americano. Para mim foi incrível, e foi uma oportunidade e sensação única, só de ter vivido tudo isso, já foi maravilhoso para mim", contou.

A ginasta é atleta do Centro de Treinamento de Ginástica Olímpica e Rítmica (GORBA), onde iniciou sua carreira e passou a competir em campeonatos oficiais de GR.

Prateleira 'recheada' de títulos

O ano de 2023 foi de grandes conquistas para a ginasta, em sua categoria. Clara Beatriz foi vice-campeã baiana; campeã geral de dupla AC4, no Sul-americano, em Assunção (Paraguai), ao lado da atleta Luiza Marques; e também bronze nas finais por aparelho.

No Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica, Clara foi vice campeã por equipe, levando a medalha de prata para casa. A partir disso, surgiu a oportunidade única de representar o país, pela Seleção Brasileira de Conjunto Juvenil, no Pan-Americano, na Guatemala.

No Pan, Clara trouxe não só uma, mas três medalhas de ouro para o Brasil, sendo campeã geral, ao lado de outras seis atletas, e também campeã nas finais com os mesmos aparelhos.

Para se preparar para o Pan e competições futuras, Clara foi convocada pela segunda vez consecutiva para o programa de estágio da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que tem sede em Aracaju, Sergipe. Para isso, a ginasta precisou se mudar temporariamente para a capital sergipana, ficando longe de sua família, que vive em Salvador.

Rotina que é um verdadeiro exemplo

A atleta, que vive em Aracaju aos cuidados da equipe da CBG, possui uma rotina que é um verdadeiro exemplo. Super comprometida e focada nos treinos para competições futuras, treinando até duas vezes por dia, Clara não deixa sua responsabilidade com os estudos de lado.

"Eu acordo às 5h da manhã, vou para a escola, estudo, e de lá vou para o treino da manhã. Começo o treino umas 11h, e vou até umas 13h30. Depois disso, almoço lá no ginásio mesmo, e às 14h eu começo o treino da tarde, que acaba mais ou menos umas 21h. Quando finalizo, vou para o apartamento [onde mora com outras atletas da seleção] para dar uma revisada nas atividades da escola, comer e dormir o máximo e mais cedo possível", revelou.

E a saudade?

A adolescência é, na maior parte das vezes, uma fase em que os filhos almejam a independência, para sair das 'asas' dos pais, e isso é uma coisa que Clara está conquistando aos poucos. No entanto, do lado dos pais da ginasta, apesar da felicidade em vê-la crescer na GR, o coração aperta pela distância.

Cássia Pereira, mãe de Clara Beatriz, contou ao MASSA! como tá sendo para a família viver esse tempo longe dela. Segundo a mãe, Clara quer voar voos mais altos, que terá a consequência da distância da família, mas que sempre irão apoiá-la.

"A família fica com muita saudade, mas assim, é o sonho dela e a gente dá esse apoio. Temos familiares em Aracaju e quando aperta muita saudade eu vou até lá pra poder dar um abracinho nela, levar umas coisas que ela precisa. Mas vamos acompanhando daqui, quando tem os campeonatos, formamos a torcida. E é isso aí. O sonho dela é ficar até o adulto e aí nem voltar mais (risos). Mas sempre iremos apoiá-la", contou a mãe.

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