
Os ‘Pivetes de Aço’ vêm ganhando cada vez mais espaço na equipe do Bahia e mostrando seus valores dentro do elenco tricolor nesta temporada. Além do atacante Tiago, autor de um hat-trick na final da Copa do Nordeste contra o Confiança, outro jovem da divisão de base foi muito elogiado e ganhou destaque após as decisões da competição regional: o volante Sidney, de 19 anos, atual capitão da equipe sub-20 do Esquadrão.
Com seis jogos no time profissional neste ano, o camisa 55 do Esquadrão fez sua estreia na equipe considerada titular, na partida diante do Dragão, na Arena Fonte Nova e deixou ótima impressão, qualificando a saída de bola e se doando bastante na marcação. O jovem meio-campista ainda deu uma assistência - mesmo que não computada por alguns - para o gol de Rezende na partida decisiva com os sergipanos.
Em 2023, Sidney disputou o Mundial sub-17 com a Seleção Brasileira, na Indonésia, como titular, ao lado de nomes como Estêvão, hoje no Chelsea, e Vitor Reis, atualmente no Manchester City. O volante vem sendo lapidado com calma pelo Bahia, com direito a participação na pré-temporada do ano passado, em Manchester, e neste ano, em Girona, na Espanha, e tem tudo para se tornar um ídolo tricolor.
Cria da Ilha de Maré, o garoto concedeu uma entrevista exclusiva ao MASSA! e descreveu os bons momentos de sua ainda curta carreira no futebol, além de fazer projeções para o seu futuro. Confira abaixo:
Qual a sensação de ser campeão do Nordeste sendo importante na decisão neste início de carreira?
Sidney - Para mim, é um motivo de muita alegria. Participar da partida e participar do título. Fazer parte é sempre bom. Só agradecer a Deus pela conquista e tomara que seja a primeira de muitas.
Em um momento de lesões e desgaste de alguns concorrentes de posição, somada à boa impressão que você deixou no sábado, qual a sua expectativa pra sequência do ano? Espera ganhar mais minutos entre os titulares?
Sidney - Acredito que tudo acontece no tempo de Deus. Creio que o mais importante é eu estar pronto, para se acontecer de eu ter a oportunidade, eu agarrar, fazer bem meu papel, jogar meu futebol e ajudar o Bahia.
Você chegou na base do clube antes dele ser comprado pelo Grupo City. Quais as principais diferenças do grupo em relação ao tratamento com a formação de jogadores?
Sidney - O Grupo (City) olha muito para a base e para jogadores novos. O principal intuito é formar jogadores da base para pisar no profissional e ter minutos por lá.

Seu segundo jogo entre os titulares da equipe profissional foi logo em uma final e você deixou boa impressão para a torcida. O quão importante foi ser testado neste nível, logo de cara, para a sequência da sua carreira?
Sidney - Creio que eu fiz meu trabalho bem, aproveitei a oportunidade e, com certeza, jogar uma final de Copa do Nordeste com o Bahia foi muito importante para mim e eu vou levar isso para sempre na minha vida.
Qual o seu maior sonho enquanto jogador de futebol?
Sidney - Jogar no mais alto nível e, consequentemente, ser convocado para a Seleção Brasileira.
No ano passado, você chegou a ser relacionado na equipe principal, mas acabou ficando mais tempo com a base. O quanto esse processo te ajudou no seu amadurecimento como jogador?
Sidney - Tudo é no momento certo. Continuei trabalhando, sigo sendo capitão do sub-20 desde o ano passado. Eu nunca parei de trabalhar, creio que o segredo é esse. Independente se você está no sub-20 ou no profissional, não pode parar de jeito nenhum.
Para você, criado na Ilha de Maré, como foi o processo de vir e ter de se adaptar a Salvador e como o clube te ajudou nesse momento?
Sidney - O clube facilitou muito com o alojamento. Fiquei alojado por cerca de dois anos e isso ajudou tudo. Recentemente pude trazer minha família para Salvador e isso tem me feito muito bem.
Seus principais concorrentes por posição têm características distintas. Caio Alexandre com mais qualidade na saída de bola e Acevedo muito conhecido pela marcação. O quanto ter dois estilos de volantes como companheiros de equipe influencia no seu estilo de jogo?
Sidney - Eu procuro observar bem eles, tanto nos treinos quanto nos jogos. Ambos têm qualidades absurdas, sou muito fã dos dois. Me espelho naquilo que eles fazem para agregar no meu próprio jogo também.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana