A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas será instalada na próxima terça-feira (16), quando o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), que deve ser o relator da ação, ficará responsável por montar a equipe e dar início aos trabalhos de apuração das fraudes em apostas esportivas.
Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) foi convidado para integrar o grupo de investigação. Recentemente, o ex-dirigente, também deputado federal, apresentou o Projeto de Lei 515/2023, que prevê penalidades mais duras aos profissionais esportivos envolvidos em manipulação de partidas.
A CPI terá por base a Operação Penalidade Máxima, responsável pela investigação sobre a manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro 2022 e dos campeonatos estaduais de 2023.
A operação Penalidade Máxima II indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.
Clubes tradicionais do futebol brasileiro foram impactados e se manifestaram sobre jogadores envolvidos. O Vitória, que teve o capitão Zeca citado nas investigações, manteve o atleta como titular no triunfo sobre o Ceará. Didi, ex-zagueiro do Bahia e atualmente no Avaí, foi citado na investigação por trocar mensagens com um apostador que teria aliciado Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos.