O dono da SAF Botafogo, John Textor, apresentou um áudio que apontaria uma suposta corrupção em jogos do futebol brasileiro na CPI da Manipulação na última terça-feira (23). A gravação foi atribuída a Glauber do Amaral Cunha, um ex-árbitro que apitou a 4ª e a 5ª divisões do Cariocão.
Glauber se tornou alvo do requerimento para depor à CPI. O árbitro atuou até 2022 e apitou jogos das Séries B2 e C, que são equivalentes à quarta e quinta divisões do Carioca, respectivamente.
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Segundo Textor, os áudios foram parar em suas mãos através de um funcionário ligado à CBF. O empresário norte-americano garante que as gravações já foram apresentadas à polícia e também aos governantes.
"Eu recebi uma gravação de um funcionário ligado à CBF. Foi validado e autenticado. Foi falado para mim, por autoridades de confiança, não foram jornalistas, nem agentes. Também estão na mão da polícia e estiveram nas mãos de governantes por um ano. Foi em uma divisão menor, é um jogo conhecido por nós. Tem um técnico, um time, pessoas que autenticamos. Tem a gravação de um árbitro dizendo que estava triste de ter perdido dinheiro porque o jogo que ele estava tentando manipular não tinha ido do jeito que ele estava tentando influenciar. Ele foi específico: ele deu 1 minuto no relógio e deu um pênalti que não deveria e o atacante bateu o pênalti na trave. Ele reclamou, dizendo que fez tudo que foi possível. É de um sotaque carioca", explicou Textor.
Outros 12 árbitros, entre eles Raphael Claus e Daiane Muniz, também foram convocados porque atuaram em 11 jogos juntos no último Campeonato Brasileiro, o que gerou suspeitas.