
A corrida de rua está cada vez mais ganhando espaço e praticantes, especialmente entre as mulheres. O esporte vem em uma crescente, transformando hábitos e vidas de milhões de atletas e, neste ‘Mês das Mulheres’, uma pesquisa denominada “Por dentro do corre”, realizada pela Olympikus e a Box 1824, apontou que a prática esportiva já atrai 13 milhões de pessoas em todo o Brasil, sendo 42% do sexo feminino.
Destas mais de 5 milhões de mulheres envolvidas com a corrida de rua, 56% delas começaram na atividade a menos de um ano, mostrando o aumento expressivo recente, mas que segundo especialistas, não vai parar por aí. “A participação feminina, ela só faz crescer, estamos no mercado há 21 anos e percebemos isso de forma muito clara. A participação lá no início dos anos 2000, que já era relevante, após a pandemia só faz crescer, e com uma baixa evasão”, destaca Diogo Andrade, diretor da Triação, empresa de assessoria esportiva.
Segundo o levantamento feito, o esporte já é o quarto mais praticado no Brasil, com a região Nordeste sendo a segunda com mais corredores, cerca de 20% do total. “O cenário de corrida vem numa crescente forte nos últimos anos, e não imagino que vai diminuir. É um esporte acessível, você precisa de um tênis e uma rua e pode correr, não depende de outras pessoas, de horário. Então é uma prática que vem se popularizando muito por essa facilidade, e as pessoas estão sentindo os benefícios, as recompensas”, vibra Marina Fraga, corredora e influencer.
Porém, este aumento da prática ocasiona em algumas dificuldades para a organização de eventos, como aborda Douglas Cerqueira, diretor da MP, que promove corridas na capital baiana. “O fato de a gente ter hoje muitas provas acontecendo ao mesmo tempo gera um certo tumulto ou dificuldade da mobilidade urbana na cidade de Salvador”, indica o profissional.

Atletas rompem barreiras
Além da vida de corredora, Marina Fraga decidiu somar outra tarefa a esse hábito: a de influencer, que já conta com mais de 17 mil seguidores. Ela encaixa sua rotina para mostrar sua vida, com tudo voltado para o ambiente do esporte, mas faz questão de destacar também a luta diária de uma mulher na prática da corrida de rua.
“Quando as mulheres saem para correr muito cedo ou de noite, elas ficam muito expostas, muito vulneráveis. Isso é complexo porque é uma questão de segurança pública que não envolve só a corrida, mas toda a segurança da cidade. É definitivamente uma coisa a melhorar”, indica a atleta.

Superação para vencer na vida
Corrida é sinônimo de superação, seja batendo uma meta, subindo ao pódio ou melhorando a saúde, sempre existe uma história bacana. E é isso que recorda Diogo Andrade, diretor da Triação. “Tive uma aluna que iniciou com um grau bem perigoso de obesidade, fez uma cirurgia bariátrica, passou por todas as situações complicadas do procedimento, e em aproximadamente dois anos fez uma meia maratona”, detalha ao MASSA!.
“As histórias delas sempre são emocionantes, elas são exemplos, para mim, o foco, a determinação, o capricho que buscam realizar as suas rotinas. É isso que pontuo delas, a vontade de virar a chave”, completa o profissional.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana