Apesar de ter feito uma má largada, o bicampeão mundial Max Verstappen, da Red Bull, venceu neste domingo (2), o Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1, a terceira corrida da temporada, que teve que ser paralisada três vezes devido a acidentes.
Verstappen, que estava a caminho de uma vitória tranquila antes de duas bandeiras vermelhas nas últimas três voltas, chegou à frente do britânico Lewis Hamilton (Mercedes) e do espanhol Fernando Alonso (Aston Martin).
"Foi uma confusão, mas sobrevivemos a tudo. Vencemos, o que certamente é o mais importante", comemorou o holandês após o final da corrida.
"Muita coisa aconteceu, fui cuidadoso na primeira volta porque tinha muito a perder e os outros muito a ganhar", analisou.
No circuito de Albert Park, em Melbourne, Verstappen confirmou a superioridade da Red Bull e e abriu 15 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe, o mexicano Sergio Pérez, no campeonato mundial de pilotos.
Com duas vitórias (Bahrein e Austrália) e um segundo lugar na Arábia Saudita (depois de largar em 15º), o bicampeão mundial parece não ter adversários na temporada além de Pérez.
A Red Bull, que não vencia na Austrália desde 2011, lidera com folga o campeonato de construtores com 123 pontos, contra 65 da Aston Martin e 56 da Mercedes.
Hamilton volta ao pódio
Depois de dois quintos lugares, Lewis Hamilton subiu pela primeira vez no pódio em 2023, o que parece confirmar a ascensão da Mercedes, mesmo que George Russell tenha abandonado a prova com um problema no motor.
"Não esperava ser segundo, então estou super grato por isso. Para nós, estar aqui disputando com a Aston Martin é incrível neste ponto da temporada", comemorou Hamulton.
Por sua vez, Fernando Alonso conquistou seu 101º pódio na carreira e o terceiro em três corridas na temporada pela Aston Martin, que não para de surpreender.
"Tivemos uma montanha russa de emoções hoje. Lewis fez um trabalho incrível, não consegui igualar ou me aproximar o suficiente. Mas vamos aceitar o terceiro lugar", comentou Alonso.
Por outro lado, a Ferrari viveu um pesadelo desde que o monegasco Charles Leclerc teve que abandonar a prova na terceira curva. Ele foi para a caixa de brita depois de um toque no carro do canadense Stroll (Aston Martin).
Depois, Carlos Sainz recebeu uma punição de cinco segundos ao provocar um acidente com Alonso a dez voltas do fim da corrida e caiu da quarta para a 12ª posição na classificação final, fazendo com que a escuderia italiana terminasse o fim de semana sem pontuar.
Outra equipe que decepcionou foi Alpine, que viu seus dois pilotos franceses Pierre Gasly e Esteban Ocon se envolverem em um acidente após a segunda relargada e abandonarem na penúltima volta.
A corrida foi interrompida três vezes, após os acidentes de Alexander Albon (Williams) na 7ª volta, Kevin Magnussen (Haas) na 53ª e Gasly e Ocon na 57ª. Pilotos e espectadores tiveram, portanto, três largadas no grid, enquanto a última volta da corrida foi concluída com o safety car na pista.
Após o cancelamento do Grande Prêmio da China, o Mundial de Fórmula 1 terá uma pausa de quatro semanas e será retomado no circuito de rua de Baku, no Azerbaijão, no dia 30 de abril.