Por trás de cada batida do berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e reco-reco há uma antiga história de luta e resistência de um povo que por muito tempo serviu de mão-de-obra escrava. Esses instrumentos musicais transmitem mensagens, onde apenas a capoeira consegue expressar de forma tão significativa. Ruas e também ladeiras de Salvador protagonizam parte da história da capoeira, que surge de uma luta contra a opressão cultural.
A presença desse Patrimônio Cultural Brasileiro nos 474 anos da capital baiana é tão forte que, cada vez mais, tem sido comum encontrar, em diversos cantos da cidade, academias e espaços destinados exclusivamente a essa prática. Um deles é o Grupo Internacional Oficina da Capoeira, em Ondina. Lá, inclusive, turistas, admiradores e praticantes realizam uma espécie de intercâmbio entre culturas.
“A capoeira, além de reafirmar a trajetória negra, traz identidade, ancestralidade, dimensão política, estética, social e cultural”, pontuou Anderson Gavião, 29 anos, um dos coordenadores do grupo ao MASSA!.
![Imagem ilustrativa da imagem Capoeira: patrimônio soteropolitano na luta contra opressão cultural](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/inline/1220000/0x0/inline_01220025_00-1.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornalmassa.com.br%2Fimg%2Finline%2F1220000%2Finline_01220025_00.jpg%3Fxid%3D5683000%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721234499&xid=5683000)
Fundação preserva a arte
Riqueza cultural é o que não falta em Salvador. Não à toa, que a capital baiana tem um espaço único dedicado à capoeira. No Pelourinho, na rua Maciel de Baixo, nº 51, por exemplo, a Fundação Mestre Bimba (FUMEB) preserva a obra de arte do mestre que deixou grandes legados sobre a capoeira.
No local, além de aulas, também é possível ter acesso à exposição, show e outras atividades ligadas às manifestações afro-brasileiras, expandindo ainda mais a cultura dos soteropolitanos.