Em busca da recuperação nas Eliminatórias pra Copa do Mundo, a Seleção Brasileira, do recém-chegado Fernando Diniz, tem uma parada duríssima hoje, diante da Argentina, do já consagrado Lionel Scaloni, às 21h30, no Maracanã. O clássico é válido pela 6ª e última rodada da competição neste ano.
Vindo de duas derrotas seguidas (2 a 0 para o Uruguai e 2 a 1 para a Colômbia), fato que nunca havia acontecido na história das Eliminatórias, o Brasil chega para o confronto bastante pressionado. A Seleção Canarinho está na 5ª colocação, com sete pontos, apenas dois à frente do Chile, primeira equipe fora da zona de classificação.
Embora a Argentina também tenha perdido na última rodada (2 a 0 para o Uruguai em plena Bombonera), os atuais campeões mundiais estão mais tranquilos, já que lideram as Eliminatórias, com 12 pontos. Por isso, sabendo da necessidade de reagir e da magnitude do confronto, Fernando Diniz pediu ontem, em coletiva, na Granja Comary, o apoio dos torcedores cariocas, que compraram todos os 69 mil ingressos e vão lotar o ‘Maraca’.
“A Seleção vai contribuir para o clima. O Maracanã responde mal quando as coisas não vão bem. Dependerá de nós. Mas a gente se preparou muito e esperamos fazer uma grande partida para que a torcida jogue junto”, pontuou o comandante, que se mostrou muito preocupado com a grande estrela argentina e atual “Bola de Ouro”, Lionel Messi.
“Não tem como não se preocupar com um jogador desse tamanho. Mas temos que jogar. Não fugir das características e ao mesmo tempo tentar conter toda a capacidade de criação dele”, analisou.
Outra dor de cabeça para o técnico brasileiro são os vários desfalques. Além de Vini Júnior, que se lesionou contra a Colômbia, Neymar, Casemiro, Danilo, Richarlison e Ederson nem chegaram a ser convocados por conta de contusões.
“São jogadores que fazem falta dentro e fora de campo. Só Alisson, Marquinhos e Raphinha, que estão aqui, foram titulares na última Copa. É bom dar chances aos novos talentos, mas eles precisam de tempo para se adaptar e trazer resultados”, ressaltou Diniz.
Contudo, apesar das ausências no Brasil, o técnico da Argentina, Lionel Scaloni, lembrou que a Seleção tem outros jogadores de alto nível. “Estas grandes equipes têm substitutos. Todos jogadores são de alto nível, jovens, rápidos, com experiência em times importantes. E com certeza o treinador terá algo preparado devido à falta de alguns”, explicou o precavido hermano.
Duas mudanças no time do brasil
A Seleção encerrou a preparação para o clássico contra os argentinos ontem, com um treinamento na Granja Comary. Diante dos hermanos, o Brasil deve ir a campo com apenas duas mudanças em relação ao time titular que perdeu para Colômbia na rodada passada das Eliminatórias. No ataque, sem poder contar com Vini Júnior, lesionado, Fernando Diniz irá deslocar Gabriel Martinelli para a ponta esquerda e promover a entrada de Gabriel Jesus. A outra alteração é na lateral-esquerda com a entrada de Carlos Augusto no lugar de Renan Lodi. Além de realizar essas duas modificações no time titular, Diniz foi visto ao longo do trabalho de ontem conversando por muitos minutos com Endrick e Joelinton. O atacante do Palmeiras e o meio-campista do Newcastle devem pintar em campo ao longo da partida.
Argentina terá Messi e Di María
A Argentina também está pronta para o clássico e finalizou a preparação para a partida ontem, pela manhã, com um treino ainda em Buenos Aires. À noite, a delegação desembarcou no Rio de Janeiro. A única mudança que Scaloni deve fazer no time titular em comparação com a equipe que perdeu para o Uruguai é colocar Di María no lugar de Nicolas Gonzales. Há também a possibilidade de mudança com a entrada de Lautaro Martínez no lugar de Julián Álvarez, porém é esperado que o atacante do Manchester City siga entre os 11 iniciais. De uma forma ou de outra, os hermanos não terão vida fácil, já que o Brasil nunca perdeu para a Argentina como mandante na história das Eliminatórias. Além disso, Messi nunca conseguiu marcar contra a Amarelinha em jogos classificatórios de Copa.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana