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Tá com tudo! - 30/12/2024, 07:00 - Clara Oliveira

Bombando na alta estação: futevôlei também é febre no interior

Com a chegada do verão, esporte, que já tem um aumento no número de adeptos, cresce no Oeste baiano

CT Futevôlei do Baiano
CT Futevôlei do Baiano |  Foto: Reprodução/arquivo pessoal

Com a chegada do verão é comum a procura por práticas esportivas, entre elas o futevôlei, esporte que ganha cada vez mais praticantes ao redor do Brasil. A época mais quente do ano em conjunto com o estado litorâneo e o clima tropical da Bahia fazem com que as pessoas se interessem ainda mais pela modalidade.

No entanto, se engana quem acredita que o esporte está em constante desenvolvimento somente em Salvador ou nas cidades litorâneas. Na região Oeste da Bahia, o futevôlei vem em uma crescente significativa, como a exemplo dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

O futevôlei no Oeste baiano

Na cidade de Santa Maria da Vitória, no Oeste baiano, por exemplo, o futevôlei se tornou uma febre, chamando a atenção das pessoas que buscam começar uma nova prática esportiva. “A minha relação com o futevôlei começou como a maioria das coisas que mudam a vida das pessoas, foi a relação de superação. O futevôlei entrou na minha vida me fazendo superar alguns problemas que eu tinha no trabalho, em casa, na vida. E de tal forma que hoje eu treino, vivo futevôlei, viajo para competição e tenho ainda mais os meus alunos”, detalhou o professor do Centro de Treinamento Futevôlei do Baiano, Alandson Lacerda, de 30 anos, ao Portal MASSA!.

Alandson Lacerda, 30 anos, professor
Alandson Lacerda, 30 anos, professor | Foto: Elvys Paim

“O Futevôlei do Baiano começou com um grupo de amigas minhas aqui, que sabiam que eu jogava futevôlei e queriam aprender. Elas me convidaram para começar com elas, treina, que elas se interessaram pelo esporte. Isso tem um ano já, a gente começou na cidade de São Félix do Coribe e hoje a gente tem nosso próprio CT aqui em Santa Maria da Vitória”, completou o idealizador da iniciativa.

No verão, o professor observa que o número de alunos cresce devido às competições e à busca pela saúde. “O futevôlei nos proporciona saúde e lazer em todas as estações do ano, só que no verão tem a galera que treina mais, porque já avistando competições, que no verão o número de competições aumenta e tem aquele pessoal que está ali mais pela saúde e pelo corpo, vai buscar um crescimento. Então no verão geralmente o número de alunos cresce muito mais”, explicou.

O esporte que requer preparação, coordenação motora, força e muito treinamento necessita de um cuidado a mais no que diz respeito à hidratação na estação mais quente da temporada. “No verão a gente pede para o pessoal se hidratar mais, que é uma época mais quente, e você se esforça mais ali no sol, geralmente o sol está mais forte nessa determinada época do ano. Então a gente pede só para hidratar melhor, para ficar mais hidratado, mas a preparação é a mesma durante o ano todo”, relatou Alandson.

Com essa preparação e treinos constantes, ele reflete que a evolução do esporte no município é um reflexo da região Oeste da Bahia. “O futevôlei vem evoluindo muito em Santa Maria da Vitória. Isso é reflexo da região Oeste. Em Santa Maria, o futevôlei começa a engatinhar e começa a crescer. Hoje vem conhecendo graças ao trabalho que a gente vem efetuando na cidade. Temos 80 alunos no Futevôlei do Baiano e sempre querendo crescer mais, gerando torneios, campeonatos, desafios”, afirmou.

“Um esporte também que as mulheres entraram de cabeça na sua grande maioria mesmo, a maioria dos meus alunos são mulheres. E que agrega todo mundo nesse esporte”, completou o professor.

Desenvolvimento dos atletas

Entre as alunas de Alandson, está Lara Oliveira, de 18 anos, que começou a praticar o esporte em fevereiro de 2024. A jovem entende que o desenvolvimento do futevôlei na cidade fez com que conhecesse e se apaixonasse pelo esporte.

“Me fez conhecer um novo esporte, com isso fui conhecendo mais pessoas do meio, criei novas amizades e comecei a ter uma certa paixão com o futevôlei. Me deu a oportunidade de poder participar de campeonatos, é bem emocionante desde o primeiro ponto até o troféu conquistado, traz uma sensação de bem estar e realização”, afirmou a atleta.

Lara Oliveira, 18 anos
Lara Oliveira, 18 anos | Foto: Elvys Paim

Morando em uma cidade banhada pelo Rio Corrente, Lara contou sobre a preparação maior durante o verão e o pós-treino. “Exige sim [maior preparação], no verão nos hidratamos mais, passamos protetor solar, antes dos jogos consumimos alimentos leves, e se der no final do treino ainda tem um banho no rio”, declarou Lara em entrevista ao MASSA!.

“O futevôlei melhora o condicionamento físico, inteligência emocional, ele te deixa com a mente forte e isso ajuda muito nos campeonatos. Sem contar que é bem divertido e quando estou lá esqueço de tudo, deixa a mente tranquila. Quem mais me motiva no esporte é a minha família, que está ali sempre me dando força para participar de campeonatos e estar bem preparada”, acrescentou a jovem.

Já para Danilo Dantas, atleta de futevôlei da cidade, de 20 anos, o esporte é o que mais cresce na região. “Indiretamente porque os incentivos aumentam querendo ou não, tanto em organização de eventos, quanto em patrocínios para os atletas mesmo, e de forma direta com o nosso nível, nossa jogabilidade, pois a gente está sempre ali jogando com uma constância muito boa, torneios e treinando com jogadores de alto nível, e isso acaba ajudando bastante nosso esporte e também a gente, atletas do futevôlei”, detalhou o atleta.

Danilo Dantas, 20 anos
Danilo Dantas, 20 anos | Foto: Elvys Paim

Para ele, a preparação durante o verão acaba sendo menor, pois coincide com o fim de temporada. “Pelo incrível que pareça o futevôlei no início do verão, ele não exige tanta preparação, porque é quando acaba a temporada. Os campeonatos entram de férias, não tem tanta competição e os atletas acabam jogando futebol mais por lazer. Então, quando chega mais pro final do verão, aí começa uma preparação”, esclareceu o jovem.

Dantas, que começou no futevôlei há dois anos, se sente motivado pela dopamina proporcionada pela prática do esporte. “Sempre tem uma evolução, né, graças a Deus. E o que me motiva mesmo a não parar de jogar futevôlei é eu amar o esporte mesmo, a dopamina ali das competições, o treinar, mas por amar mesmo o esporte”, destacou o atleta.

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