Com a chegada do verão é comum a procura por práticas esportivas, entre elas o futevôlei, esporte que ganha cada vez mais praticantes ao redor do Brasil. A época mais quente do ano em conjunto com o estado litorâneo e o clima tropical da Bahia fazem com que as pessoas se interessem ainda mais pela modalidade.
No entanto, se engana quem acredita que o esporte está em constante desenvolvimento somente em Salvador ou nas cidades litorâneas. Na região Oeste da Bahia, o futevôlei vem em uma crescente significativa, como a exemplo dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
O futevôlei no Oeste baiano
Na cidade de Santa Maria da Vitória, no Oeste baiano, por exemplo, o futevôlei se tornou uma febre, chamando a atenção das pessoas que buscam começar uma nova prática esportiva. “A minha relação com o futevôlei começou como a maioria das coisas que mudam a vida das pessoas, foi a relação de superação. O futevôlei entrou na minha vida me fazendo superar alguns problemas que eu tinha no trabalho, em casa, na vida. E de tal forma que hoje eu treino, vivo futevôlei, viajo para competição e tenho ainda mais os meus alunos”, detalhou o professor do Centro de Treinamento Futevôlei do Baiano, Alandson Lacerda, de 30 anos, ao Portal MASSA!.
“O Futevôlei do Baiano começou com um grupo de amigas minhas aqui, que sabiam que eu jogava futevôlei e queriam aprender. Elas me convidaram para começar com elas, treina, que elas se interessaram pelo esporte. Isso tem um ano já, a gente começou na cidade de São Félix do Coribe e hoje a gente tem nosso próprio CT aqui em Santa Maria da Vitória”, completou o idealizador da iniciativa.
No verão, o professor observa que o número de alunos cresce devido às competições e à busca pela saúde. “O futevôlei nos proporciona saúde e lazer em todas as estações do ano, só que no verão tem a galera que treina mais, porque já avistando competições, que no verão o número de competições aumenta e tem aquele pessoal que está ali mais pela saúde e pelo corpo, vai buscar um crescimento. Então no verão geralmente o número de alunos cresce muito mais”, explicou.
O esporte que requer preparação, coordenação motora, força e muito treinamento necessita de um cuidado a mais no que diz respeito à hidratação na estação mais quente da temporada. “No verão a gente pede para o pessoal se hidratar mais, que é uma época mais quente, e você se esforça mais ali no sol, geralmente o sol está mais forte nessa determinada época do ano. Então a gente pede só para hidratar melhor, para ficar mais hidratado, mas a preparação é a mesma durante o ano todo”, relatou Alandson.
Com essa preparação e treinos constantes, ele reflete que a evolução do esporte no município é um reflexo da região Oeste da Bahia. “O futevôlei vem evoluindo muito em Santa Maria da Vitória. Isso é reflexo da região Oeste. Em Santa Maria, o futevôlei começa a engatinhar e começa a crescer. Hoje vem conhecendo graças ao trabalho que a gente vem efetuando na cidade. Temos 80 alunos no Futevôlei do Baiano e sempre querendo crescer mais, gerando torneios, campeonatos, desafios”, afirmou.
“Um esporte também que as mulheres entraram de cabeça na sua grande maioria mesmo, a maioria dos meus alunos são mulheres. E que agrega todo mundo nesse esporte”, completou o professor.
Desenvolvimento dos atletas
Entre as alunas de Alandson, está Lara Oliveira, de 18 anos, que começou a praticar o esporte em fevereiro de 2024. A jovem entende que o desenvolvimento do futevôlei na cidade fez com que conhecesse e se apaixonasse pelo esporte.
“Me fez conhecer um novo esporte, com isso fui conhecendo mais pessoas do meio, criei novas amizades e comecei a ter uma certa paixão com o futevôlei. Me deu a oportunidade de poder participar de campeonatos, é bem emocionante desde o primeiro ponto até o troféu conquistado, traz uma sensação de bem estar e realização”, afirmou a atleta.
Morando em uma cidade banhada pelo Rio Corrente, Lara contou sobre a preparação maior durante o verão e o pós-treino. “Exige sim [maior preparação], no verão nos hidratamos mais, passamos protetor solar, antes dos jogos consumimos alimentos leves, e se der no final do treino ainda tem um banho no rio”, declarou Lara em entrevista ao MASSA!.
“O futevôlei melhora o condicionamento físico, inteligência emocional, ele te deixa com a mente forte e isso ajuda muito nos campeonatos. Sem contar que é bem divertido e quando estou lá esqueço de tudo, deixa a mente tranquila. Quem mais me motiva no esporte é a minha família, que está ali sempre me dando força para participar de campeonatos e estar bem preparada”, acrescentou a jovem.
Já para Danilo Dantas, atleta de futevôlei da cidade, de 20 anos, o esporte é o que mais cresce na região. “Indiretamente porque os incentivos aumentam querendo ou não, tanto em organização de eventos, quanto em patrocínios para os atletas mesmo, e de forma direta com o nosso nível, nossa jogabilidade, pois a gente está sempre ali jogando com uma constância muito boa, torneios e treinando com jogadores de alto nível, e isso acaba ajudando bastante nosso esporte e também a gente, atletas do futevôlei”, detalhou o atleta.
Para ele, a preparação durante o verão acaba sendo menor, pois coincide com o fim de temporada. “Pelo incrível que pareça o futevôlei no início do verão, ele não exige tanta preparação, porque é quando acaba a temporada. Os campeonatos entram de férias, não tem tanta competição e os atletas acabam jogando futebol mais por lazer. Então, quando chega mais pro final do verão, aí começa uma preparação”, esclareceu o jovem.
Dantas, que começou no futevôlei há dois anos, se sente motivado pela dopamina proporcionada pela prática do esporte. “Sempre tem uma evolução, né, graças a Deus. E o que me motiva mesmo a não parar de jogar futevôlei é eu amar o esporte mesmo, a dopamina ali das competições, o treinar, mas por amar mesmo o esporte”, destacou o atleta.