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Inclusão - 20/08/2023, 11:47 - Da Redação

Bahia leva ator com esclerose lateral amiotrófica para jogo na Fonte

Ação tem o objetivo de promover a inserção de portadores de doenças crônicas através de situações cotidianas

Iniciativas como o 'Projeto para praia', da Prefeitura de Salvador, promove ações de inserção para pacientes com limitações físicas
Iniciativas como o 'Projeto para praia', da Prefeitura de Salvador, promove ações de inserção para pacientes com limitações físicas |  Foto: Divulgação

O ator Glayfferson Franco, de 49 anos, terá uma experiência única no jogo deste domingo, 20, do Bahia contra o Bragantino na Arena Fonte Nova. Além da emoção de acompanhar um jogo do seu time no estádio, ele estará realizando um grande feito para um grupo particular de pessoas que sofrem com as limitações de uma doença rara.

Glayfferson é portador da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) - uma doença neurodegenerativa que afeta as células nervosas responsáveis pelo controle dos músculos voluntários. Ele faz parte do Programa de Gerenciamento de Crônicos (PGC) da Hapvida Notredame Intermédica desde 2019, se encontra já em fase avançada da ELA, ou seja, totalmente restrito ao leito.

Apesar de depender das pessoas para realizar as atividades diárias e de aparelhos para respirar, pacientes portadores da ELA, em quadro avançado de doença como ele, podem experimentar situações cotidianas prazerosas, como ir à praia, passear numa praça ou shopping, ou mesmo ir ao estádio de futebol torcer pelo seu time.

De acordo com o fisioterapeuta particular da família, Leonardo Pamponet, a reinserção dessas pessoas na sociedade pode impactar positivamente a qualidade de vida delas e consequentemente em seu quadro clínico. “A inclusão social motiva o paciente e o deixa feliz em saber que, apesar das limitações e cuidados especiais, ainda pode experimentar velhas e novas sensações”, explica o profissional. Ele ainda reforça que levar essas pessoas “para realizar atividades simples, fora de casa, proporcionando vivenciar situações que faziam parte do seu cotidiano antes da doença, traz uma alegria enorme e mantém acesa a vontade de viver”.

Leonardo ainda dá dicas de estratégias que familiares e amigos de portadores de ELA podem adotar para facilitar a ressocialização desses indivíduos na sociedade. “Sempre que possível, desde que haja segurança e suporte adequado, estimular e proporcionar atividades simples, elas revigoram a alma e dão sentido à vida. Importante sempre garantir segurança para o paciente, mas atividades simples já são suficientes para o engajamento e satisfação”, ressalta o fisioterapeuta, relembrando que em março, o Glayfferson participou do Projeto Para Praia, da Prefeitura Municipal de Salvador. “Foram poucos minutos sob o sol, se banhando nas águas da praia de Ondina, suficiente para fazê-lo transbordar de alegria e prazer”, celebra.

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