
O Bahia se transformou administrativamente e financeiramente desde que foi adquirido pelo City Football Group e, apesar dos resultados esportivos que o torcedor espera ainda não terem acontecido, o clube cresceu muito internamente. Durante a estreia do BahêaCast, na noite desta sexta-feira (6), o CEO Raul Aguirre destacou o aumento das receitas do Tricolor, que estão projetadas para crescerem 50% em 2025, e confirmou o pagamento total das dívidas do clube.
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Questionado sobre as ações que já entregaram resultados desde a compra, por parte do Grupo City, de 90% da SAF do Esquadrão de Aço, o dirigente revelou o estado atual da dívida da equipe, explicando que os aportes realizados não geram "passivo ou juros a serem pagos", apenas uma obrigação de retorno esportivo e incremento de receitas.
"O Bahia já pagou toda a dívida que existia, o que falta a gente não paga porque não pode pagar, porque são questões burocráticas por alguma negociação que não encerra, mas o grosso da dívida mas que R$ 300 milhões já foram pagos. Uma coisa que é importante falar é que nós não temos dívida, os aportes do Grupo não geram um passivo ou juros a serem pagos, gera uma obrigação de um retorno que será dado através de resultados esportivos, incremento das receitas e desse ciclo vicioso de um time vencedor", disse.
Eu até brincava com o pessoal, eu tenho o melhor emprego do mundo, no melhor time do mundo, na melhor cidade do mundo, e não é brincadeira, tem vezes que eu acordo e é assim que eu me sinto.
Raul Aguirre - CEO do Bahia
Não é só as dívidas que estão sendo tratadas financeiramente pelo clube, já que as receitas também "tem mostrado resultados muitos significativos", de acordo com o dirigente. Com a projeção de ter o crescimento de 50% de receita em 2025, o Tricolor espera "passar confortavelmente" R$ 400 milhões em faturamento junto com toda a parte de comércio de atletas.
"Quando se refere às receitas, que é o meu tema favorito, a gente tem mostrado resultados muitos significativos, já que elas tem crescido a um ritmo composto, mais ou menos, em 35%. No primeiro ano, de 2023 para 2024, crescemos 24% e nesse ano vamos crescer 50%, em receitas operacionais projetadas em mais ou menos R$ 360 milhões, se somar com toda a parte de comércio de atletas, vamos passar confortavelmente R$ 400 milhões, isso é o primeiro patamar que nos permite sonhar com outros voos", afirmou Raul Aguirre.
"Se a gente entra em alguns componentes fundamentais, nos que se refere aos direitos de transmissão, o Bahia é parte fundamental da LIBRA e se beneficia com o contrato até 2029 com a Globo, e está nos permitindo ter um crescimento de 20% por ano, por que esse contrato entra uma operação agora em 2025. Na parte comercial fizemos algumas substituições de patrocinadores, fizemos a troca do contrato de placas e led no estádio, o que é muito vantajoso também, e trouxemos a Puma como patrocinador", concluiu.