Além de celebrarem a chegada de um novo ano, os torcedores do Bahia também comemoram o aniversário de fundação do clube, que chega aos 93 anos, nesta segunda-feira (1º). Como não teve um 2023 'lá essas coisas', o Esquadrão quer fazer diferente em 2024.
Sob a batuta do Grupo City desde maio passado, o tricolor penou para conseguir se manter na Série A, após seguidos fracassos dentro de campo. O quase tombo acendeu a luz de alerta nos corredores do clube, que veria suas grandes ambições ruirem.
Fundado em 1º de janeiro de 1931, o clube azul, vermelho e branco quer alçar grandes voos neste ano que se inicia. Para isso, a Sociedade Anônima de Futebol, que comanda 90% do Esquadrão, vai abrir os cofres com objetivo de fazer grandes contratações e chegar forte nas competições.
Em entrevista ao ao podcast PodZé, recentemente, o novo presidente do clube, Emerson Ferreti, disse que R$ 320 milhões serão despejados no tricolor, em 2024. "O Grupo City já sinalizou um investimento muito maior para 2024: R$ 320 milhões. É muito dinheiro. A capacidade que eles têm de investimento é muito grande, e isso vai mudar o patamar do Bahia, com certeza”, afirmou o dirigente, à frente do Esquadrão até 2026.
O Grupo City já sinalizou um investimento muito maior para 2024: R$ 320 milhões. É muito dinheiro
Emerson Ferretti, presidente do Bahia
Se essa grana rolar, será um presentão para o aniversariante e, principalmente, para a torcida. Para se ter uma ideia, o orçamento só ficaria abaixo do Flamengo, que estipulou entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões. Em 2023, O Bahia gastou cerca de R$ 110 milhões, de acordo com a Pluri Consultoria.
Ainda assim, a campanha na Série A foi bem abaixo do esperado, ficando em 16º lugar, com a permanência assegurada na última rodada. Em 2022, o Fortaleza gastou R$ 267 milhões. Dono do maior orçamento de um clube nordestino, até então, ganhou a Copa do Nordeste, se classificou à Libertadores, levou 1 milhão de torcedores ao Castelão e fez vendas milionárias.
É importante ressaltar que o Grupo City adquiriu 90% da SAF do Bahia comprometendo-se a investir, pelo menos, R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos. Dessa quantia, R$ 500 milhões foram destinados à aquisição de jogadores, R$ 300 milhões para a quitação de dívidas, o que já foi realizado, e R$ 200 milhões em melhorias na estrutura do clube.
Além disso, o acordo assegurou uma receita mínima de R$ 120 milhões anuais para a folha salarial do futebol. Considerando essa perspectiva e o cenário indicado para 2024, a expectativa por resultados expressivos no Bahia deve aumentar significativamente. Apesar de não figurar no "G10" do Brasileirão desde 2001, o investimento substancial pode, potencialmente, impulsionar o Bahia a competir de maneira mais intensa, buscando uma vaga na Libertadores, competição da qual não participa desde 1989.