É comum em qualquer família a influência dos pais na escolha do time de futebol. Seja levando aos jogos, assistindo pela TV ou presenteando com camisas e produtos oficiais do clube. Mas nem sempre filho de peixe, peixinho é, e eles acabam indo em outra direção, torcendo para o rival.
Foi o que aconteceu com Andressa Badaró, de 25 anos. O pai dela, Jardel, é torcedor do Bahia e tentou levá-la para o lado tricolor, mas a paixão da empresária pelo rubro-negro falou mais alto. Ela conta que foi Márcio, o tio dela, que a influenciou na decisão.
“Meu tio Márcio me levou ao Barradão e foi amor à primeira vista - ou visita - pelo Vitória. Graças a Deus ter sido influenciada por ele, afinal de contas Deus me livre de não ser Vitória. Tem uma foto minha pequena com a roupa do Bahia que meu pai me vestiu, mas eu escondi essa foto tão bem que nem lembro onde está”, disse Andressa em conversa com o Portal A TARDE.
Além de Andressa, Jardel influenciou seus outros três filhos a torcerem pelo Bahia: Letícia, Raissa e Jardel Júnior. Mas Andressa conseguiu convencer Letícia a “pular o muro” e a fez vestir as cores do Vitória, o que permite aquela provocação saudável quando a família se reúne.
“É uma rivalidade saudável e, na maioria das vezes, é quando estamos com as camisas dos nossos times. Meu pai conseguiu influenciar Raissa e Júnior, e por um breve período até Letícia, mas o amor pelo Leão venceu e eu consegui trazer ela para o meu lado, vermelho e preto”, contou Andressa.
A resenha entre família é moldada pelos resultados da dupla Ba-Vi em campo. Se um ganha e o outro perde então, a provocação rola solta. Infelizmente, eles ainda não tiveram a oportunidade de assistirem um clássico juntos, no estádio. E sem a presença das duas torcidas, que é a recomendação do Ministério Público, Andressa entende que não existe essa possibilidade, pelo menos por enquanto.
“Se um ganha e o outro perde, a zoeira é garantida. Quem ganhou não deixa quem perdeu em paz, a provocação sempre vai existir. Nunca assistimos a um clássico juntos no estádio e não tem a menor condição disso acontecer, afinal torcemos para times rivais. Ninguém vai se render e querer se juntar para assistir um Ba-Vi, seja na Fonte Nova ou no Barradão”, completou a rubro-negra.
As gozações e brincadeiras saudáveis entre times rivais são a essência desse convívio entre pai e filha, e embora a oportunidade de assistir a um clássico juntos no estádio permaneça distante, esses momentos de interação certamente permanecerão como lembranças marcantes em cada um deles.