O mundo do Rock'n roll é prioridade na vida do vocalista Lord Vlad e do guitarrista Danilo Coimbra, músicos da banda Malefactor, fundada em 1991 por um grupo de amigos. No entanto, existe uma outra paixão que toma espaço na vida dos artistas: o futebol.
Lord Vlad, torcedor do Vitória, e Danilo Coimbra, torcedor do Bahia, acabam se tornando 'a dupla Ba-Vi do Metal'. Com amizade, muita resenha e respeito, os amigos relataram ao Portal MASSA!, os detalhes da relação deles com o esporte e a música.
Celebrando o Dia Nacional do Rock, comemorado neste sábado (13), Lord Vlad relatou que a banda Malefactor teve início quando os integrantes ainda eram garotos fãs de heavy metal que tinham influência de bandas gringas e brasileiras. Atualmente, o grupo possui seis discos, inúmeras turnês, participações em várias coletâneas, documentário, turnês pelo Brasil e pelo exterior.
“É uma história que me dá muito orgulho, muita satisfação saber que a gente venceu uma série de preconceitos e estamos aí, vivos. A banda nunca parou, nunca acabou e estamos vivos no sinal underground”, relatou Lord Vlad.
Rivais e amigos
Os dois artistas também destacaram a rivalidade dentro do esporte, com o 'Ba-Vi do Metal'. Ambos consideraram a ‘gastação’ saudável e com muito respeito, chegando ao ponto dos amigos se juntarem para assistirem os jogos entre os times.
“Sempre foi aquele esquema de um ficar curtindo com o outro, mas sempre com muito respeito. A gente sempre foi uma coisa muito tranquila”, descreveu Lord Vlad.
No entanto, as coisas no Malefactor não são tão equilibradas. Isso porque, no grupo, somente Danilo é torcedor do Bahia. “Só eu sou torcedor do Bahia, tanto Lord Vlad, Jafet Amoedo como Daniel Falcão são Vitória e é claro que existem provocações, mas sempre provocações saudáveis que não atrapalham o nosso trabalho”, contou o tricolor.
O lado rubro-negro
A relação de Lord Vlad com o futebol iniciou antes mesmo da sua relação com o rock. Ainda pequeno, com 9 anos, o vocalista se apaixonou pelo Leão da Barra em 1985.
“Na época tinha um artilheiro, o Ricky, ele chegou aqui matador, só se falava nele. E justamente nessa época veio morar em Salvador uma prima minha de Goiás, ela já veio de Goiás casada com Valdo, que na época era zagueiro do Vitória. Foi uma época que eu frequentei muito [estádio], não era o Barradão, era a Toca do Leão. Eu fui para muito treino do Vitória”, relembrou o artista.
Para Vlad ,o futebol e o metal/rock andam colados e estão inseridos em sua vida. Apesar de não ir ao estádio com a mesma frequência da época em que era criança, o vocalista faz parte da torcida Vitória Metal.
Sobre a representatividade da música para sua vida, Lord Vlad não poupou comentários para declarar toda sua paixão pelo heavy metal. “A representatividade do rock na minha vida, eu sempre pontuo que existe o rock and roll, que eu sou apaixonado, mas o heavy metal é um universo muito maior. O heavy metal é um universo muito amplo, e a minha vida. [...] realmente me conquistou desde de menino, desde muito novo, eu ganhei um LP do Iron Maiden em 86, eu tinha 10 anos de idade, e é a minha banda preferida e meu disco preferido”, destacou ao Portal MASSA!.
Dividindo o amor pelo rock com o gosto pelo futebol, o vocalista conseguiu diferenciar suas duas versões ao dizer que no Malefactor é possível ter poder de influência, já no Vitória, ele é apenas um torcedor. “A diferença do Vlad vocalista do Malefector para o Vlad torcedor do Vitória, a questão que no Malefector eu tenho, vamos dizer assim, algum poder de influência, eu torço muito pela minha banda, mas eu trabalho para isso, já com o Vitória simplesmente a minha influência é zero, eu apenas torço”, iniciou.
Ainda segundo Vlad, o fanatismo pelo rock sobressai o amor pelo Vitória. “A diferença é que eu não sou aquele torcedor fanático, já no Malefactor eu sou um cara fanático, eu sou fanático por heavy metal, eu ouço heavy metal de tudo que é continente”, completou.
Amor pelo Bahia
Assim como Lord Vlad, Danilo Coimbra observou o rock e o futebol como “duas relações de paixões”. Envolvido com o mundo do rock'n roll/metal desde que tinha 13 anos de idade, o guitarrista do Malefactor sempre admirou futebol.
“Essa relação eu convivo até hoje, pois esse mundo do rock'n roll/metal não é só uma paixão e sim um estilo de vida. Mesmo assim uma coisa nunca interferiu na outra. O futebol sempre foi minha paixão no esporte junto com o karatê que eu pratiquei por muitos anos”, pontuou Danilo em entrevista ao Portal MASSA!.
“Esse amor pelo Bahia e o rock sempre andaram juntos em minha vida além de ser meu estilo de vida. Nos ensaios das minhas bandas (MALEFACTOR e HEADHUNTER-DC) sempre brincamos em relação ao futebol, usamos camisas dos nossos times e ao mesmo tempo tocamos o bom e puro rock'n roll”, acrescentou o tricolor.
Sempre frequentando a Fonte Nova para incentivar o Esquadrão de Aço, Danilo pontuou acreditar que todos devem apoiar o seu time indo aos estádios de futebol. “Sempre fui um torcedor do Bahia, mas não tão fanático, apesar de que todo o torcedor do Bahia é fanático. Sempre frequentei o estádio apoiando sempre o meu time de coração. E acho que todos devem apoiar o seu time, sempre indo aos estádios de futebol”, afirmou o guitarrista.
Por fim, o artista citou que não consegue enxergar diferenças entre o Danilo guitarrista da Malefactor para o Danilo do Bahia. “No meu ponto de vista não existe nenhuma [diferença], quem me conhece sabe o guitarrista que eu sou há mais de 35 anos e torcedor pelo Bahia. Se você for observar, sempre irá existir pessoas que são rock e torcedor de algum time de futebol. Isso são paixões que não se disputam, andam separadamente no coração de cada rock e torcedor”, finalizou.
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