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Copa do Qatar - 13/11/2022, 07:28 - Celso Lopes

'Azarões favoritos' podem estar no caminho do hexa brasileiro

Seleção Brasileira pode ter surpresas desagradáveis com Dinamarca, Holanda e Sérvia

Seleção da Dinamarca é uma das que pode surpreender na Copa
Seleção da Dinamarca é uma das que pode surpreender na Copa |  Foto: Liselotte Sabroe / Ritzau Scanpix/AFP

Quem nunca tentou simular como seriam os jogos da Copa do Mundo, que atire a primeira pedra. A brincadeira de projeção pode até ser divertida, mas quase impossível na maioria das vezes, até porque Mundial sem um azarão entre os melhores não é Mundial. Foi assim há quatro anos, quando o favoritismo estava longe da seleção croata comandada por Luka Modric e ela chegou até a decisão.

No Qatar, histórias similares podem acontecer, principalmente com times que a Canarinho pode enfrentar no mata-mata, como Dinamarca a Holanda, além do inevitável duelo contra a Sérvia.

É fácil dizer que a taça da Copa deve ficar entre Brasil, Argentina ou França, o difícil é apontar qual das seleções ditas ‘da segunda prateleira’ conseguirão realmente chegar longe. Cotadas para terminar na segunda posição de seus respectivos grupos, subestimar Holanda, Dinamarca ou a própria Sérvia pode ser um erro fatal para os adversários. Dessas, só a Laranja Mecânica possui uma maior tradição no torneio, mas isso não quer dizer nada quando a última eliminação da Amarelinha foi para a Bélgica. Mesmo assim, o real grande símbolo dos azarões recentes é a Croácia, atual vice-campeã em uma campanha histórica na Copa da Rússia de 2018, na qual teve que passar por duas prorrogações antes da decisão.

Não se chega a uma final de Copa do Mundo por sorte ou acaso, e a Croácia ainda está mais bem preparada do que há quatro anos. Obviamente, isso não significa a garantia de um resultado melhor, já que teria que ser campeã para confirmar isso. Mas, apesar do bom desempenho, chegar à decisão novamente é muito mais difícil do que quatro anos atrás, como explica Gian Oddi, comentarista da ESPN. “O caminho pode ser complicado, com Bélgica, Espanha ou Alemanha, e para a semifinal nem se fala. Creio que para essas seleções que têm jogadores mais velhos ou que talvez não estejam no auge físico, o fato da Copa ser no meio da temporada acaba sendo algo muito positivo, porque se fosse no final talvez esses jogadores chegassem já bastante cansados, sem condições físicas”, analisou.

Contra o Brasil, o único modo se enfrentaram também é uma boa notícia para o torcedor da Amarelinha. Como está do outro lado da chave, a Croácia só pegará a seleção de Tite se for na final.

Do lado oposto à cheia de talentos Croácia está a tradicional Holanda. Após uma dura decepção de não ter se classificado para a Copa da Rússia, a equipe do zagueiro Virgil van Dijk voltará ao Mundial. Na verdade, essa será a primeira vez que o considerado melhor defensor do mundo há algumas temporadas terá a chance de brigar pela taça. E se você lembra do time que teve Wesley Sneijder e Arjen Robben com seu famoso corte para a esquerda, o tempo passou. Comandada por Louis Van Gaal, a Holanda é muito diferente daquela seleção que bateu na trave contra a Espanha em 2010 e que ficou em terceiro lugar em 2014. Porém, ainda competitiva.

A nova Laranja Mecânica é um caso à parte da maioria das seleções que disputarão o mundial. Sem dúvidas, seu ponto forte é o sistema defensivo, com nomes conhecidos do futebol mundial, como Frenkie De Jong. Mesmo assim, na frente ainda conta com o artilheiro Memphis Depay, principal esperança ofensiva do time.

Para entrar no caminho do Brasil, o jeito mais provável seria derrotar a Argentina em uma eventual quarta de final e chegar até as semi da competição no Qatar.

O azarão favorito

Dentre as seleções sem tanto renome e que podem aparecer como grande surpresa, definitivamente a Dinamarca é a mais forte de todas. Desde a Eurocopa de 2020, quando chegou à semifinal, a Dinamáquina mostrou ao mundo o quão perigosa pode ser. E não tinha como ter outro maestro se não Christian Eriksen em campo. O jogador é quem toma as rédeas do time após se recuperar de uma parada cardiorrespiratória que teve em 2020.

De forma geral, é até mesmo complicado falar sobre fraquezas, já que é o conjunto que faz a Dinamarca ser tão respeitável nessa Copa. E se há Eriksen no ataque, o goleiro Kasper Schmeichel é o personagem que foi o grande responsável pelo desempenho da seleção há quatro anos.Como provável segunda colocada, a Dinamarca teria que derrotar Argentina e Holanda para enfrentar o Brasil.

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