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Carcará tenso - 06/05/2023, 22:01 - Vinicius Rebouças

Atlético de Alagoinhas já começa a Série D com corda no pescoço

Início de temporada complicado pode comprometer 2024 caso fracasse no Brasileirão

Atlético de Alagoinhas teve bons jogos mas oscilou muito no início da temporada
Atlético de Alagoinhas teve bons jogos mas oscilou muito no início da temporada |  Foto: Divulgação/ Atlético de Alagoinhas

Dos times baianos na Série D, o Atlético de Alagoinhas é o que vive situação mais tensa antes da estreia. O Brasileirão pode salvar este e o próximo ano do clube. Tudo por causa de eliminações precoces no Baianão e nas Copas do Brasil e do Nordeste no largada da temporada. E como 'desgraça pouca é bobagem', o pontapé inicial no certame tinha que ser justamente fora de casa. Pega o Cruzeiro-AL às 16h deste domingo (7) no estádio Municipal de Arapiraca.

Ciente do peso da responsabilidade, o técnico Rodrigo Chagas se mantém sereno. O ex-craque de Vitória, Corinthians e Seleção Brasileira deixou o Juazeirense para comandar o Carcará em fevereiro deste ano e, segundo ele, o objetivo já estava traçado.

"A gente vem desde que assumiu o clube pensando em fazer um trabalho forte para conquistar o acesso à Série C. Tivemos 30 dias para fazermos um trabalho com a equipe dentro daquilo que pensamos nas partes táticas defensivas e ofensivas, dentro de uma ideia e modelo de jogo", afirmou ao Portal Massa!.

O professor avaliou o período como positivo. Para ele a resposta foi muito bem dada pelos atletas, que apresentaram bom nível de concentração para execução do trabalho. Suficiente para o bicampeão baiano de 2021 e 2022 chegar forte à disputa na 4ª Divisão. "É preciso comprar essa ideia para que possamos ter sucesso. Sabemos que é um competição difícil, mas estamos trabalhando ao máximo para que possamos, com fé em Deus e muito trabalho, dar esse acesso ao clube que será muito importante para a próxima temporada".

Eliminação faz a força

A participação do Carcará na Copa do Brasil pode ter dado uma casca o time. Há possibilidade de ser mais impositivo contra os adversários do Grupo A4 da Série D, onde vai se bater com os conterrâneos Bahia de Feira e Jacuipense, além de Sergipe, Falcon-SE, Retrô-PE e ASA de Arapiraca. Embora tenha sido eliminado cedo do torneio nacional, logo na primeira fase, o futebol apresentado o fez sair de cabeça erguida. Caiu com um indigesto empate em 0 a 0 no Carneirão.

"Fizemos um jogo muito bom contra o Atlético Goianiense, uma equipe forte no cenário nacional. O fator regulamento propiciou o avanço do adversário na competição. Jogou com o regulamento na mão, podendo buscar o empate. Acreditamos que fizemos um excelente jogo, com uma participação de todos, uma equipe bastante reativa e criamos muitas oportunidades", avaliou Rodrigo.

No entendimento do comandante, essa partida foi importante para saber que nível deveria ser exigido aos atletas durante a preparação para que eles possam durante a Série D entregar aquilo que a comissão técnica pede. Um jogo para ser citado sempre como exemplo.

Rodrigo Chagas está ligado em cada detalhe nos treinos do time
Rodrigo Chagas está ligado em cada detalhe nos treinos do time | Foto: Divulgação/ Atlético de Alagoinhas

Novatos e repatriados

Em relação ao elenco, o time da região agreste do estado mantive muitos atletas que já estavam por lá no início do ano. Segundo Rodrigo Chagas, principalmente os que se destacaram desde o momento que ele assumiu a equipe. "Depois buscamos trazer os jogadores com o perfil que a gente entende que possa trabalhar dentro daquilo que pensamos na parte técnica, tática, psicológica e física", explicou.

As novas contratações foram: o atacante Kaio Daniel, o volante Gilberto, o meia Leílson e os zagueiros Carlos Eduardo, João Senna e Eduardo. Este último vice-campeão estadual pelo Carcará em 2020.

As repatriações rolaram ainda para o armador Felipe Matheus, campeão baiano em 2021 e, a principal, para o meia-atacante Jerry. O atleta de 29 anos foi uma das peças fundamentais para conquista do bicampeonato baiano. Após a glória pelo Carcará no ano passado, ele defendeu o Altos-PI e o Paraupebas-PA. Neste ano disputou o Baianão pelo Juazeirense. Foram 10 jogos e um gol marcado pelo Cancão de Fogo.

A chegada de Jerry ajuda, mas ainda não é suficiente na visão do técnico. Rodrigo acredita que há possibilidade de fortalecer a equipe com mais dois ou três jogadores durante a competição. "Ou quem sabe ainda quatro atletas", pontuou. "A competição é longa, então precisamos de toda força para quem sabe atingir o nosso objetivo que é o acesso a Série C", emendou.

Expectativa X Realidade

A realidade do Atlético de Alagoinhas é dura. O time corre o risco participar apenas do Campeonato Baiano em 2024. Para evitar essa tragédia, precisa garantir o acesso de qualquer jeito. Tudo por causa da má campanha na Copa do Nordeste, onde venceu somente dois dos oito jogos disputados e sequer empatou uma partida. Resultados que não diminuem o ímpeto de um técnico com senso de urgência ligado. A expectativa está lá em cima.

"Minha perspectiva é atingir o ápice em todos os lugares onde passei. E esse é o pensamento: buscar sempre o melhor. Me contrataram para esse objetivo. Não posso prometer que vai acontecer, mas posso prometer que vou me comprometer com muito trabalho e vai existir uma entrega muito grande pelo acesso", afirmou Rodrigo Chagas.

Se manter essa mentalidade o Carcará pode entrar a mil por hora no torneio nacional e surpreender. A última vez que esteve na C foi em 2008, duas temporadas após subir de divisão. Caiu e nunca mais voltou. A cartilha do comandante para retornar a esse escalão está montada: "fazer grandes jogos com uma equipe competitiva, que apresente um bom futebol e que sempre tenha em vista a busca incessante pela Série C".

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