Após o técnico Carlo Ancelotti renovar contrato com o Real Madrid e se distanciar de vez da Seleção Brasileira, Ednaldo Rodrigues afirmou que vai 'pular fora' de vez da presidência da CBF. Destituído do cargo, o cartola baiano não disputará as próximas eleições.
"Tenho conversado muito com minha família e assumi um compromisso: meu tempo de disputas eleitorais acabou", disse Ednaldo em entrevista à revista Veja.
Ednaldo afirma "confiar na Justiça" e espera uma resolução do imbróglio vivido pela entidade, que foi ameaçada de punição pela própria FIFA em caso de abertura de um processo de novas eleições, a qual ele frisou que não estará envolvido.
"Confio na Justiça e nos órgãos do esporte. Se a validade do TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] for reconhecida, buscarei diálogo com todos os atores para fazer as mudanças necessárias, até a eleição em 2025, da qual não participarei", indicou o dirigente.
Entre as consequências que a CBF poderia sofrer, existe até a possibilidade dos clubes brasileiros e da Seleção serem suspensos de competições internacionais. Ednaldo entende que seria algo "muito triste para a comunidade do futebol".
"A Fifa e a Conmebol já deixaram claro o risco de suspensão da seleção e dos clubes de qualquer atividade internacional, como inclusive aconteceu com outros países. Espero sinceramente que a situação não chegue a este ponto. Seria muito triste, não só para todos os jogadores e torcedores do Brasil, mas para toda comunidade que gira em torno do futebol e depende dele para viver", desabafou o baiano.