O que era para ser um lazer com a bonificação de receber uma grana extra quase levou uma família ao fundo do poço. Um jovem, de 18 anos, acumulou dívidas após criar uma compulsão em apostas esportivas. Ele parou somente quando a sua mãe descobriu, no momento em que um agiota interfonou para o apartamento onde a família morava e enfatizou que só sairia do local com a quantia.
O filho dela acabou comprometendo toda a estabilidade financeira da família com empréstimos consecutivos e mais de R$ 100 mil em dívidas, de acordo com o Uol. A facilidade em gerir a grana ocorreu pela confiança dos pais com o garoto, que tinha acesso às senhas do pai e da mãe e utilizava os cartões para fazer apostas.
Durante a pandemia, a situação ficou mais crítica, porque o garoto ficou infeliz por descobrir que não seria efetivado no trabalho. Por isso, ele apostou R$ 5 mil reais da conta poupança para participar de um grupo pago no Telegram e ter dicas especializadas de apostas esportivas, conforme relatou a mãe à publicação.
Mudança
Em 2020, o garoto aplicou R$ 2.500 no duelo entre Red Bull Bragantino e Flamengo, teve êxito e mais que dobrou sua banca para R$ 7 mil. Devido ao aporte do recurso financeiro, ele modificou o investimento para apostas mais arriscadas, como mercados desconhecidos.
Foi aí que as dívidas ampliaram ainda mais. Dessa forma, a família internou o jovem por um mês, onde ele não teve acesso a celular ou computador. Depois da alta médica, ele frequentou reuniões de Jogadores Anônimos.
Agora, o jovem, sem identidade revelada, retornou ao emprego que possuía antes da internação e já quitou uma porcentagem da dívida. "Percebi que seu eu não parasse com isso, minha mãe não ia aguentar. Ela ia morrer", relatou ao Uol.
Aprovada por lei
As apostas esportivas estão legalizadas no Brasil desde 2018, mediante a Lei 13.756/2018. No entanto, a prática ainda está desregularizada.
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