Quando a Sony Pictures anunciou que produziria um universo compartilhado com os vilões do Homem-Aranha, ninguém acreditou que essa seria uma boa ideia. E com razão. Desde o início, o projeto esteve cercado de polêmicas e lançamentos de qualidade questionáveis. Porém, no meio desse mar de fracassos, um personagem conseguiu cair nas graças do público. O sucesso foi tão grande que lhe rendeu uma trilogia, que chega ao fim hoje.
Venom chamou a atenção logo de cara por ser a segunda aparição do vilão nos cinemas. A primeira vez havia sido no fatídico Homem-Aranha 3, adaptação que não agradou à maioria e fez com que o simbionte alienígena entrasse na “geladeira” da galeria de antagonistas do cabeça de teia.
Tudo isso mudou quando, em 2018, o vilão protagonizou seu próprio filme sendo interpretado por Tom Hardy.
O personagem conseguiu conquistar o coração do pessoal. Depois de seis anos, Eddie Brock e Venom terão sua última dança hoje em Venom: A Última Rodada.
Veja o trailer:
O longa abraça tudo que fez o personagem ficar popular nos últimos anos, seja nas telonas ou nos quadrinhos. O filme não esconde o lado galhofa e aposta de vez no humor, entregando boas doses de comédia e ótimas interações entre os protagonistas.
Dessa vez, podemos ver o alienígena possuindo outras formas de vida. Como o trailer havia denunciado, existe até mesmo a versão cavalo do Venom.
Essas interações acabam rendendo uma dinâmica interessante e cenas de ação muito criativas. Por falar em ação, o que não falta nessa nova produção é isso. Do início ao fim, os personagens sempre estão tendo que lidar com alguma ameaça.
Knull aparece
Os fãs de quadrinhos também foram lembrados e tivemos a adaptação de diversos elementos das HQs neste terceiro longa. Knull, o deus criador dos simbiontes, fez sua primeira aparição nos cinemas.
Sendo um elemento recente nas revistas do protetor letal, ninguém esperava que ele já daria as caras no filme. Apesar de não ter uma grande participação, Knull promete ser uma grande ameaça futuramente.
Venom: A Última Rodada é uma finalização de trilogia que intensifica tudo que havia sido elogiado nos filmes anteriores. Com muita ação, humor e uma pitada de drama, o filme consegue ser um encerramento condizente com a proposta inicial do personagem.
'O Quarto ao Lado' traz reflexão pesada
Pedro Almodóvar é um cineasta conhecido por trabalhar o drama como ninguém. Questões como relações amorosas, sexualidade e identidade são apenas alguns dos tópicos que ele costuma abordar em suas obras.
Dessa vez, o diretor decidiu apostar numa história sobre o câncer. O Quarto ao Lado acompanha o reencontro de duas amigas de longa data numa circunstância dolorosa.
Uma delas está lutando contra um câncer. Usando desse cenário infeliz, Almodóvar consegue construir um enredo que fala sobre as relações humanas.
Por meio de diálogos densos e impactantes, o diretor consegue trabalhar a doçura existente naquela relação e questões que cercam nossas vidas.
As performances de Julianne Moore e Tilda Swinton são poderosas e fazem com que esse filme seja uma obra extremamente tocante. É uma história sobre como lidamos com nossos arrependimentos e como nossas memórias são frágeis.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos