Velozes e Furiosos é sem dúvidas uma das maiores franquias do cinema atualmente, tanto em quantidade de filmes, quanto em bilheteria. Com filmes que dividem opiniões, a saga conta com até mesmo um spin-off, uma produção que é derivada da história principal. A trama, que se iniciou em 2001, agora ganha seu décimo primeiro longa hoje, com o lançamento de Velozes e Furiosos 10 nas telonas.
Embora este ainda não seja o fim da saga, durante toda a obra se estende um clima de despedida, ao mesmo tempo que é desenvolvida uma ideia de que Dominic Toretto (Vin Diesel) está realmente prestes a perder tudo. Entretanto, a franquia já teve medo de arriscar várias outras vezes, fazendo com que essa carga dramática perca seu impacto, uma vez que o público já tem a certeza que tudo vai retornar ao status quo no final. Além disso, a história não consegue trabalhar corretamente todos os núcleos, deixando alguns personagens de escanteio.
O clima tenso é mérito do vilão, o brasileiro Dante Reyes (Jason Momoa). Logo em sua introdução, o personagem parece realmente o pior inimigo enfrentado pelos protagonistas, exalando uma aura ameaçadora. Porém, ele se revela como um vilão bem humorado, lembrando fortemente o Coringa da DC. Apesar da boa intenção em trazer um antagonista diferente, a escolha de Momoa não foi das melhores, chegando a ser muito caricato em alguns momentos.
Como de praxe, em um filme de Velozes e Furiosos não poderia faltar as famigeradas “cenas mentirosas”. Os filmes são reconhecidos por suas cenas de ação que abusam da ficção. Aqui não seria diferente, com sequências que fazem o telespectador questionar se Toretto é realmente desse mundo ou não. Apesar disso, nada chega a ser tão absurdo quanto o filme anterior, em que os personagens vão de carro para o espaço. O humor, outra marca registrada da saga, também está presente e funciona até que bem.
Velozes e Furiosos 10 não foge muito do que você espera vindo de um filme da saga, seja para o bem ou para o mal. Com uma história fraca e repleta de conveniências, ele entrega ação a todo momento com algumas doses de humor. É o tipo de produção que você não pode pensar muito sobre as coisas e deve apenas aproveitar as cenas absurdas que apenas um filme desses pode criar.
Furiosos no Brasil de Ludmilla
Um aspecto interessante de Velozes e Furiosos é sua relação com o Brasil. Parcialmente ambientado no Rio de Janeiro, o quinto filme da franquia foi a primeira vez que nosso país foi referenciado. Com sua icônica cena “Aqui é o Brasil”, o longa foi um sucesso principalmente entre os brazucas. Mais de 10 anos depois, a saga retorna ao território nacional, com uma trama diretamente conectada com a do longa de 2011. Além da ambientação no Rio, também existe a participação especial de uma brasileira. A cantora Ludmilla fez uma pequena aparição, interpretando a garota responsável por dar largada na corrida. “Quando ele acabou de gravar, ele (Vin Diesel) veio falar comigo: 'Não acredito que você está aqui! Fui eu que te escolhi'. Ele me conhece, ele que me pediu para fazer o filme e a música. Ele que comanda a 'parada'”, contou a funkeira em entrevista ao Gshow.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos
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