Depois de uma turnê de sucesso na Europa, o cantor Luketta retornou para Salvador já lançando um novo hit. Intitulado Dona Sônia, a canção conta a história de um novinho que começa um relacionamento com uma mulher mais velha cheia de dinheiro. Com um ritmo contagiante, a produção acaba de ser lançado e promete fazer os soteropolitanos dançarem muito.
Depois da música Cabeça Branca, de Tierry, muito se falou sobre a figura do ‘Velho da Lancha’, e Luketta acredita que está na hora de mudar isso. “Vem aí a Velha da Lancha, por que não?”, questionou em entrevista ao MASSA!. Segundo o próprio artista, todo mundo conhece alguém que tem uma “Dona Sônia” em sua vida e isso acaba gerando uma certa identificação com a canção. “É uma forma de ligar a gente ao grande público”, alegou.
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Por abordar um assunto polêmico, a letra pode não agradar todo mundo. Para o cantor, o amor não tem idade e tá liberado cada um ter sua própria “Dona Sônia”. “O importante é cada um ser feliz do seu jeito”, defendeu. Depois de retornar de uma turnê internacional, o lançamento é uma oportunidade de se aproximar mais com o público baiano. “O sonho de todo artista é ser reconhecido na sua terra”, pontuou.
Voltando com tudo, Luketta havia passado uma temporada na Suíça. Embora tenha sido uma boa experiência, ele conta que também foi desafiador. “A gente tocava muito para brasileiros e tínhamos que fazer um repertório que agradasse a todos”, explicou. Durante sua estadia no exterior, uma coisa que o ajudou a superar as dificuldades foi suas companhias. “Tive a sorte de ser convidado por outro baiano. Um foi abraçando o outro e fazendo o difícil ficar menos difícil”, revelou.
Com a aproximação do fim de ano, o cantor já está pensando em 2024. “Quem sabe a gente não aparece no Carnaval de Salvador”, mencionou. Por fim, ele assume ter expectativas positivas para a recepção do público com esse novo lançamento. “A gente espera que a galera se identifique de certa forma. Estamos procurando passar tudo de uma forma leve”, finalizou.
Uma mistura que cativa
Lukeetta começou sua carreira artística em um gênero diferente do que ele trabalha hoje. Inicialmente começando no pagodão, com o tempo ele foi mudando para o chamado forronejo que, como você já deve esperar, mistura o forró com o sertanejo.
“É justamente uma junção de cada ciclo que eu passei”, comentou. O motivo dessa mudança repentina foi a viagem que fez para o Mato Grosso, lugar onde ficou por três anos. “Estava muito difícil sobreviver cantando pagodão. Meio que fui me moldando para me adaptar ao mercado de lá”, relatou.
Apesar de serem dois extremos completamente diferentes, o artista garante que a transição foi mais tranquila do que parece. Parte disso é por conta do cenário musical atual. “Acho que hoje em dia a música tá muito misturada, não tem mais ritmos definidos como antigamente”, argumentou.
Amizade com Tierry e passado no Fantasmão
Quando ainda era do pagodão, o grande ponto de virada na carreira de Luketta foi sua passagem no Fantasmão. O convite aconteceu por conta de sua relação com o vocalista. “Eu era amigo de Tierry antes de entrar na banda. Conheci ele por meio de outro amigo”, relembrou.
Nesta época, apesar de Luketta estar “verde” no mundo da música, o amigo confiou nele e deu uma oportunidade dele se tornar um dos backing vocals do Fantasmão. “Isso foi muito importante para mim. Foi uma faculdade”, admitiu. A experiência também foi acompanhada de uma certa pressão, uma vez que o artista era fã da banda.
“Para mim foi o meu primeiro sonho realizado na música”, assumiu. Hoje em dia, ele não mantém contato com Tierry, mas continua nutrindo o mesmo respeito. “O carinho é o mesmo e a energia é sempre a mesma”, afirmou.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos
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