Na última quarta-feira (08), noticiamos aqui no PORTAL MASSA!, o caso da influenciadora esposa do cantor Sorocaba, da dupla sertaneja com Fernando, Biah Rodrigues que adquiriu ‘sarna’ no último fim de semana. Ao contar que tinha pegado a doença em suas redes sociais, ela assustou os seguidores e trouxe algumas dúvidas a respeito de como a doença pode ser transmitida.
Em seu desabafo, Biah comentou que a sarna estava localizada em sua perna e que não faz ideia de como pegou a doença: “Eu peguei uma espécie de sarna na perna. Já conseguimos conter, fiz o tratamento certinho e não espalhou pelo corpo. As crianças e o Fernando não pegaram. Foi bem localizado, não espalhou”, afirma
Para solucionar essas dúvidas a respeito da doença, o PORTAL MASSA! conversou com exclusividade com a doutora Juliana Correia, infectologista e especialista em casos desse tipo, atuando na área há 15 anos. Ela explicou com clareza como a doença atua no organismo.
“A Escabiose ou Sarna conhecida com o nome científico de Sarcoptes scabiei, sendo uma doença infectocontagiosa, causada pelo ácaro, transmitido pelo contato íntimo entre pessoas ou mesmo através das roupas contaminadas”.
Juliana exemplificou que o contágio da doença pode ser promovido por compartilhamento de utensílios pessoais, como dividir cama, roupas e entre outros. A doença que é mais comum no mundo animal, entre cachorros e gatos, pode ser transmitida tanto do animal para pessoa, quanto com as relações interpessoais (de pessoa para a pessoa).
Correia também revelou a atuação do ácaro na pele humana. “Esse ácaro se alimenta da queratina da pele, a proteína que fica bem na parte superficial da pele. E ali se reproduz, põe ovos e vai se espalhando pelo corpo. Os ovos também podem cair nos tecidos, nas roupas e nos utensílios que essa pessoa portadora do ácaro entrar em contato, causando muita coceira”.
A sarna chega de maneira sorrateira e pode se espalhar pelo corpo todo. Os locais onde a coceira é mais intensa são os dedos das mãos, barriga, costas e partes genitais. Nas mulheres, também são mais comuns na região dos seios, e como foi no caso de Biah Rodrigues na região das pernas.
A especialista ainda faz um alerta sobre o aparecimento desses casos. “O que a gente tem que ficar bem atento é que a sarna é muito comum em ambientes de aglomeração populacional, como nos exércitos, nos presídios e em locais de má higiene. Como eu falei anteriormente, a pessoa pode pegar sarna dos animais domésticos porque o mesmo ácaro que provoca sarna nos animais provoca nos humanos. Esse ácaro sobrevive horas, às vezes, dias fora do corpo”, ressaltou.
Ao finalizar, Juliana ainda indica cuidados de prevenção durante o tratamento da doença. “As orientações para os pacientes que estão com sarna, além da medicação, é trocar a roupa de cama todos os dias pela manhã, devem também lavar todos os lençóis, botar para secar, lavar também as roupas de uso pessoal diariamente até a finalização do tratamento, porque se não essa pessoa pode se alto contaminar. Além disso, todas as pessoas que tiverem contato com a pessoa contaminada devem ser avaliadas também para não correr o risco de contaminação em massa”, concluiu a doutura.
Vale lembrar que o tratamento é feito por medicamento de uso oral ou tópico, prescrito por um médico especialista no assunto.
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