O presidente do Bahia, Emerson Ferretti, decidiu falar abertamente para a jornalista Joanna de Assis sobre sua sexualidade, após mais de dois anos na direção do clube. Frente ao Bahia desde 2023, ele é o primeiro dirigente de um clube brasileiro a se assumir gay.
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O ex-goleiro, de 53 anos, que já defendeu grandes clubes brasileiros, inclusive o Bahia, revelou que viveu décadas escondido, fingindo ser alguém que não era. Tinha receio de ser visto com amigos próximos e até inventava noivados para despistar. “Foram 45 anos no futebol com medo, me protegendo. Entendi minha sexualidade sozinho, sem poder conversar com ninguém”, desabafou.
Quando decidiu expor sua sexualidade, acreditou que iria enfrentar duras críticas e muito preconceito, mas, na verdade, foi surpreendido com o contrário. Recebendo muito apoio e afeto de quem estava ao seu lado, Ferretti, pouco tempo depois, ganhou a disputa pela presidência do Bahia.
Sob sua gestão, o Bahia já levantou a taça do Baianão, voltou à Libertadores e fez campanhas sociais marcantes, como contra a violência doméstica e a cultura do estupro. E tudo isso sob os olhos atentos do Grupo City, sócio majoritário do Esquadrão.
Ferretti afirma que não quer ser presidente só por ser gay, mas sim porque sonhou com isso e tem preparo. Ainda assim, entende a importância do momento: “Hoje sou uma pessoa importante para que outros não passem pelo que eu passei. O fato de eu estar aqui mostra que um gay pode ser presidente, sim senhor!”, declarou Emerson.
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