Na quinta-feira (27), é considerado nacionalmente o Dia do Circo, e a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (Secult/BA), realizou uma série de lançamentos no espaço da Sala de Cinema Walter da Silveira em alusão a data.
O evento começou com uma mobilização do grupo Casa da Palhaçaria e seguiu com a primeira exibição do documentário “Saberes da Itinerância”, um curta-metragem gravado durante a execução do edital “Qualificação no Circo”, que mostra imagens do cotidiano e retratos de acontecimentos com a missão de preservar a memória dos circenses itinerantes.
Alguns desses artistas estiveram presentes na sessão e em breve o filme estará disponível pelo canal do YouTube da Funceb. Entretanto, Laisa Ferreira, Coordenadora de Artes Circenses, explica que irá além:
“A gente conseguiu trazer três pessoas de cada circo, mas os grupos são de 10 ou 15. Então, no final do ano vamos voltar [às cidades] para que todo mundo se veja na tela e que a população da cidade possa ver também.”
Foram entregues os selos “Cidade Amiga do Circo” às prefeituras dos municípios de Esplanada, Conde, Jandaíra, Macaúbas e Feira de Santana, por terem recebido e prestado todo apoio para a produção artística durante o edital “Qualificação no Circo” promovido pela Funceb em 2023. Entretanto, foi lançada a edição de 2024 do selo para que mais cidades possam participar.
A grande novidade do evento foi a apresentação do projeto “Itinera-Circo: Ciclo Formativo em Políticas Culturais para as Artes Circenses”, que visa auxiliar de forma artístico-econômica os circenses através de um circuito formativo que contará com quatro módulos. O regulamento é aberto para qualquer artista que já tenha trabalhado no circo e serão sete dias de formação no formato híbrido.
A Diretora Geral da Funceb, Piti Canella, defende que todas as linguagens artísticas sejam atendidas nos projetos de governo relacionados à cultura, para que não seja esquecida nenhuma delas. Em especial, o circo, já que ele não é muitas vezes lembrado.
“O circo é o primeiro grande lugar das artes para muita gente, principalmente para as pessoas dos municípios que não são capitais do estado, então ele engloba muitas linguagens artísticas e é um lugar onde muitas crianças começam a sonhar com a arte e a ter o primeiro contato com ela”, afirma Piti.
No Dia do Circo, é necessário voltar a atenção para os grupos circenses, que muitas vezes são formados por componentes da mesma família, que antes do espetáculo arrumam todo o espaço, preparam a comida, para depois se fantasiarem e criarem o show que tanto encanta pessoas de diferentes gerações. Durante o evento em alusão a data, o Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Bruno Monteiro, que esteve presente, destaca:
“O circo nos dá um grande ensinamento de como trabalhar com esse reconhecimento e essa circulação cultural com toda a sua diversidade a partir de um projeto de itinerância, com essa capacidade de mobilidade. Então nós temos muita satisfação de trabalhar com a qualificação [desses artistas] por acreditar no potencial dessa linguagem.”
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