A cantora Nininha Problemática desabafou nas redes sociais sobre a ausência no time de artistas contratados pelas marcas patrocinadoras do Afropunk, que acontece neste fim de semana, em Salvador.
A primeira drag baiana a cantar pagode declarou que segue sendo ignorada pelos grandes eventos e que não vai ficar calada até que o cenário mude. “Eu passei 4 anos me calando por medo de perder o que eu nem tinha. Eu fiz 1 promessa pra mim que não ia guardar na que me magoasse pra mim. E eu tô muito chateada, MUITO!!!", escreveu no Twitter.
Em outro trecho do desabafo, Nininha Problemática revelou que no ano anterior a produção do evento entrou em contato, porém deu para trás com a justificativa de que ela não atendia o perfil que eles estavam procurando. "Se for pelos números: temos. Se for por qualidade: temos. Se for por impacto cultural: Temos também! FALTA O QUE?!?!?!? Existem creator potentes fora do eixo RIO - SP. Pra quem vai ao evento: se divirta Pra quem chegou, sintam-se em casa, mas lembre-se que não estão", afirmou.
Por fim, Nininha Problemática pontuou que a invisibilidade de artistas negros e periféricos é fruto do racismo. "Não se muda as coisas ACATANDO, A gente muda as coisas QUESTIONANDO. Do lado de cá, calada não vence não, porque o racismo ele invisibiliza a gente é se a gente não falar ALTO ninguém nos ouve. O certo é o certo e o errado TEM QUE SER COBRADO", completou.
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