A MC Katia, uma das pioneiras do funk, morreu neste domingo (13), aos 47 anos. A cantora estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Ela estava lutando pela vida desde o começo de julho, quando deu entrada na unidade para retirar um mioma do útero e foi diagnosticada com trombose. Na última terça-feira (8), a funkeira precisou ter uma das pernas amputada.
A artista estava em uma situação difícil e precisou fazer uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para comprar uma prótese. Ela havia conseguido a quantia ontem (12), mas não teve tempo o suficiente para utilizá-la. Nesse período, Katia compartilhou seus sentimentos e angústias com os fãs a todo momento: “Estou conformada, pois não tem outro jeito. Os médicos estão fazendo de tudo, mas a minha vida vale mais. Se tem que ser assim... Meus dedos estão todos pretos. Infelizmente, o mioma e o cigarro fizeram isso comigo”.
A informação de que ela faleceu foi divulgada por uma das suas melhores amigas, Verônica Costa. A vereadora do Rio de Janeiro acompanhou de perto o tratamento da cantora e lamentou a perda dela. “É com muita tristeza venho comunicar que a nossa querida Kátia partiu. Sei que devo entender os planos de Deus são diferentes dos nossos. Quero falar pra todos vocês que acompanharam e oraram por ela que nada é em vão. Só o amor nos fortalece”, escreveu.
Tumor e trombose
Katia descobriu um tumor benigno no útero há um ano. Por causa dele, a funkeira teve os rins comprometidos, ficando impossibilitada de andar. Ela também estava sem dinheiro para comprar os remédios necessários para o tratamento da trombose. "Estou com medo dos meus rins pararem", disse ela em entrevista ao EXTRA em 20 de julho deste ano.
Diante da situação, muitos fãs da artista criticaram a falta de apoio de outros cantores do ritmo musical. A MC Katia surgiu nos anos 2000 e fez um grande sucesso com o batidão ‘Ata Vai Me Pegar’. Ela havia parado a carreira logo depois de surgir em 2008 com o hit ‘Cabeça para Baixo’, por causa de um acidente e um quadro de depressão. Ela retornou para a música em 2020, participando do clipe da música ‘Rainha da Favela’, da cantora Ludmilla.
“Cara, eu não consigo fazer entender uma coisa. Essa mulher é uma relíquia do funk, cantava na época da Furacão 2000 e está precisando de ajuda, e não tem um funkeiro ostentação que só ostenta cordão caro, carro caro, roupa cara, tênis caro, bolsa cara, tudo caro, e não pode ajudar uma mulher que é o exemplo da geração? Tinham que juntar todos eles para ajudar ela”, criticou uma moça. “Sabe o que é engraçado? A Kátia viveu no mundo do funk, tem conhecidos "grandes". Se juntassem alguns famosos, eles sozinhos conseguiriam comprar essa prótese. É nessas horas que a gente vê que quem menos tem é quem mais ajuda”, concordou outra.
Até o fechamento desta matéria, não houve a divulgação de data, horário e local do velório e sepultamento da artista.