Exuberância, liberdade e representatividade continuam sendo as palavras-chave para definir os looks do público do Afropunk na noite deste sábado (18). Os manos e minas usaram e abusaram de roupa coloridas, acompanhadas de cabelos trançados e acessórios feitos com miçangas e correntes, que remetem aos costumes dos povos africanos.
Em entrevista ao Portal MASSA!, Daniel Puridade afirmou que o evento permite que as pessoas sejam quem realmente gostariam de ser no dia a dia, e o visual é a prova disso.
"Esse encontro representa a oportunidade de nos conectarmos com essa comunidade, especialmente a comunidade preta, que enfrenta muita repressão e opressão. É verdadeiramente um momento de libertação. A escolha do visual, com sua transparência, destaca-se como a expressão mais visível dessa liberdade, não é mesmo? Portanto, a libertação ocorre quando posso ser quem quiser, como quiser, em um ambiente onde serei acolhido independentemente da minha aparência. Acredito que o mais importante é sentir-se à vontade, identificar-se com a roupa escolhida e estar em um lugar onde seja acolhido, permitindo-se sentir-se à vontade e seguro", contou
Em seguida, o afropunker Kaique, que se identifica como não-binário, também afirmou que o Afropunk é um dos momentos em que ele consegue ser livre.
"É um lugar onde todos, especialmente as pessoas pretas e LGBTQIA+, podem se sentir à vontade para serem quem realmente são. Essa é uma celebração que valorizo muito. Aqui, você pode ser quem quiser, como quiser. É isso”, finalizou.