27º Salvador, Bahia
previsao diaria
Facebook Instagram
WHATSAPP
Receba notícias no WhatsApp Entre no grupo do MASSA!
Home / Entretenimento

Bahia no topo! - 04/06/2024, 12:37 - Da Redação

Médicos baianos ganham destaque internacional com estudo sobre pós-UTI

Análise feita pelos profissionais aponta cuidados importantes com pacientes que estiveram em estado grave

O estudo foi realizado por um grupo de médicos da Bahia
O estudo foi realizado por um grupo de médicos da Bahia |  Foto: Divulgação

Um estudo feito por médicos baianos da Clínica Florence ganhou destaque internacional, sendo publicado na revista Critical Care Science, que tem grande relevância na área da saúde. Com divulgação recente, o trabalho dos profissionais aborda a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) nos cuidados pós-UTI e analisa como isso pode melhorar os desfechos de pacientes mais dependentes ou complexos.

“O tema de cuidados pós-UTI tem sido cada vez mais discutido tanto na comunidade médica quanto na científica em geral. Antes, era algo completamente negligenciado. Na década de 90, ir para a UTI era quase uma sentença de morte, mas, com os avanços médicos, temos conseguido melhorar os tratamentos e mais pessoas têm sobrevivido”, disse João Gabriel Ramos, o intensivista e diretor médico da Clínica Florence, que liderou o estudo.

Graças ao avanço da Medicina, pessoas com idade avançada e doenças graves têm chegado à UTI e conseguido sobreviver. Esse fato positivo acabou trazendo à tona a ‘síndrome pós-UTI’, que envolve as sequelas do tratamento e da doença aguda. “Muitas pessoas não sabem que essas sequelas precisam ser observadas e tratadas”, acrescentou o médico.

Além de João Gabriel Ramos, o estudo também é contou com os médicos Michele Bautista, Rafael Calazans, Lucíulo Melo e Cassiano Teixeira. Juntos, eles exploram a maneira em que intervenções direcionadas e planos de manejo personalizados podem ajudar significativamente a assistência após a alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A prática do que foi estudado

Quem viveu isso na prática foi a dona Josenita Vitório, paciente da clínica. Ela ficou 92 dias na UTI e foi encaminhada para a Clínica Florence. Após ser submetida a uma cirurgia de intestino, Josenita sofreu uma série de complicações que a fizeram permanecer por muito tempo internada e perder funcionalidades e independência. Depois da reabilitação, ela conseguiu realizar o sonho de voltar a andar. “Eu disse que, ao entrar aqui, eu sairia recuperada, andando, embora eu tivesse chegado sem nenhuma movimentação”, contou.

O estudo investiga justamente a relação entre a doença crítica e a fragilidade, mostrando que uma pode piorar a outra. Ele concluiu que até 45% dos pacientes podem se tornar frágeis 90 dias após saírem da UTI e quase metade desses casos pode piorar com o passar do tempo. Nesse sentido, o acompanhamento após a saída da UTI se torna essencial, focando não só no paciente, mas também nos familiares que os acompanharam nesse processo.

Imagem ilustrativa da imagem Médicos baianos ganham destaque internacional com estudo sobre pós-UTI
Foto: Divulgação

"Todos os nossos protocolos de atendimento relacionados aos cuidados pós-UTI, tanto na prevenção quanto no tratamento da síndrome pós UTI, envolvem os familiares", explicou Ramos.

O médico também falou sobre a atenção que devemos ter com as sequelas, pois é algo que varia de paciente para paciente: "Há sequelas físicas, como incapacidades e dificuldade de realizar atividades cotidianas; psicológicas, como depressão e ansiedade; cognitivas, como dificuldades de memória e aprendizado; e sociais, como perda de emprego e dificuldades de reinserção na sociedade. As sequelas mentais e psicológicas são as mais frequentes e muitas vezes incluem transtornos de humor”.

Por isso, a analise apontou que hospitais de transição são essenciais para a recuperação adequada e plena desses pacientes. “Aqui na Clínica Florence, que é um hospital de transição, o primeiro do Norte/Nordeste, nós contamos com atendimento humanizado e equipes médicas e multiprofissionais treinadas, incluindo nutricionistas, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, farmacêutico e assistente social, além de médicos especializados em Cuidados Paliativos, Terapia Intensiva, Geriatria ou Clínica Médica”, finalizou.

exclamção leia também