Fama, reconhecimento e sexo. É usando esses três pilares que o diretor Ti West conseguiu surpreender o público com sua trilogia iniciada em 2022. Protagonizada por Mia Goth, neta da atriz brasileira Maria Gladys, X - A Marca da Morte e Pearl conseguiram ser dois sucessos de público e crítica, fazendo com que todo mundo esperasse por uma resolução dessa franquia. Por conta disso, as expectativas por Maxxxine estavam lá em cima.
Uma coisa que todos devem entender é que o diretor não segue um padrão em sua trilogia. As duas produções anteriores possuem muitas diferenças entre si, seja na ambientação ou na forma de contar a história. O mesmo é válido para o terceiro filme, que aposta mais uma vez em algo diferente. O longa não é um grande slasher que todos estavam esperando, mas um thriller que homenageia o terror no cinema.
A produção revisita diversos maneirismos que ficaram eternizados na indústria do terror ao longo dos anos. Não só isso, como celebra o trabalho de um dos maiores diretores de suspense da história: Alfred Hitchcock. Hitchcock ficou conhecido por revolucionar a maneira como se gravava o terror, sendo responsável por clássicos como Vertigo, Janela Indiscreta e Psicose, esse último ganhando mais de uma referência em Maxxxine.
Para além do caráter de homenagem, o novo longa consegue traçar um paralelo muito bom entre a história de Pearl e Maxine Minx, trazendo de volta alguns elementos dos dois filmes anteriores.
As duas protagonistas tem uma trajetória muito parecida — chegando até a serem interpretadas pela mesma atriz —, mas que possuem um desfecho bem diferente. Isso serve para mostrar como a indústria de Hollywood não é justa.
A produção mostra que estar disposto a fazer tudo não é o suficiente para se tornar uma estrela. Apesar de Pearl ter se dedicado de corpo e alma para alcançar a fama, ela morreu na pobreza e esquecimento. Às vezes, o que diferencia o sucesso de uma pessoa e o fracasso de outra é simplesmente a sorte.
Maxxxine vai quebrar as expectativas de quem decidir assisti-lo, seja para o bem ou para o mal. A obra consegue passar uma reflexão sobre as injustiças na indústria do cinema, ao mesmo tempo que constrói um suspense caricato — fruto do teor de homenagem que a produção carrega.
Tem sangue brasileiro
Hoje em dia não é mais segredo para ninguém que Mia Goth é neta da atriz brasileira Maria Gladys. O parentesco inusitado rendeu diversos memes nas redes sociais, mas também revelou um lado fofo da atriz que nem todo mundo conhecia.
Recentemente viralizou um vídeo na web em que Mia aparece dando uma entrevista em português durante a premiére de Maxxxine.
No trecho, a atriz aparece falando fluentemente português e, apesar de pedir para que a conversa fosse na língua inglesa, ela não deixou de expressar o amor e admiração que sente pela avó.
“Eu amo minha avó, tantas saudades da minha avó”, comentou.
Além dos memes por sua origem brasileira, Mia Goth também ganhou muito reconhecimento por ser a nova musa do terror.
Além da trilogia de Ti West, ela atuou em filmes como Piscina Infinita e Suspiria.
A atriz está confirmada em Frankenstein dirigida por Guillermo del Toro.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos