Realizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o relatório final sobre o acidente aéreo que matou Marília Mendonça e outras quatro pessoas será divulgado nesta segunda-feira (15). A informação foi anunciada pela Força Aérea Brasileira (FAB), que confirmou a conclusão das investigações na última sexta-feira (12).
Os familiares das vítimas vão receber o relatório antes dos detalhes serem divulgados ao público. Conforme o Cenipa, a medida visa "promover o amplo acesso e transparência das informações investigadas por este centro a toda sociedade".
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o documento deve apontar se houve ou não falha mecânica na aeronave. Ainda não há detalhes acerca do horário em que o relatório será divulgado.
Acidente
A cantora e compositora Marília Mendonça morreu no dia 5 de novembro de 2021, aos 26 anos, quando se deslocava de avião para a cidade de Caratinga, em Minas Gerais, onde faria um show. Todas as outras quatro pessoas que estavam no avião com a artista também morreram na hora.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo. A aeronave tinha capacidade para seis passageiros.
Além de Marília, morreram no acidente: Geraldo Medeiros (piloto), Tarciso Viana (copiloto), Henrique Ribeiro (produtor) e Abicieli Silveira Dias Filho (tio e assessor da artista). Eles foram vítimas de politraumatismo contuso, segundo o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos. O laudo ainda apontou que as mortes ocorreram depois que as vítimas estavam no chão.
Investigações
Um ano após o acidente, as investigações indicaram que o piloto não teria seguido o padrão de pouso do aeródromo. Naquele momento, a Polícia Civil disse que ele fez a aproximação correta, mas "se afastou muito" do ponto recomendado e saiu da zona de proteção. A suspeita é de que o piloto tentou fazer um pouso "mais suave".
As investigações também apontaram que o avião estava voando abaixo do indicado e colidiu em um cabo de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Em decorrência da tensão, o cabo de aço se enrolou no motor esquerdo da aeronave e fez com que ele se desprendesse no ar.