O cantor e compositor Lô Borges morreu na noite deste domingo (2), às 20h50, aos 73 anos, por causa de falência múltipla de órgãos, segundo boletim médico do Hospital Unimed, em Belo Horizonte.
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O músico estava internado desde o dia 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação por medicamentos em casa. Ele precisou ser levado às pressas para o hospital, mas não resistiu às complicações.
Carreira e grande marco da MPB
Com mais de 50 anos de carreira e mais de 20 discos lançados, Lô Borges marcou a música brasileira com clássicos como Trem Azul, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, Para Lennon e McCartney e Trem de Doido.
Ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Márcio Borges (seu irmão) e outros artistas mineiros, Lô ajudou a criar o Clube da Esquina, movimento que mudou a história da MPB. Ele foi um dos principais compositores dos álbuns Clube da Esquina (1972), eleito em 2022 o melhor disco brasileiro da história, e Clube da Esquina 2 (1978).
Nascido em 1952, em Belo Horizonte, Lô começou a tocar violão inspirado pelos Beatles e ganhou o incentivo de Milton Nascimento para seguir na música. Em 1972, lançou o icônico Disco do Tênis, e mais tarde Via Láctea, de onde saíram sucessos como Equatorial e Ventos de Maio.
Discreto na vida pessoal, o artista nunca se casou nem teve filhos, mas conquistou uma legião de fãs e o respeito de músicos de várias gerações.
Homenagem de Milton Nascimento
Nas redes sociais, o cantor Milton Nascimento prestou uma homenagem emocionada ao amigo de longa data:
“Lô Borges foi – e sempre será – uma das pessoas mais importantes da vida e obra de Milton Nascimento. Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina”, escreveu o cantor.
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