Liniker é a primeira mulher trans eleita imortal pela Academia Brasileira de Cultura (ABC). Ela será empossada na cadeira de número 51 na terça-feira (14) vaga desde a morte de Elza Soares.
Liniker afirmou que nunca achou que seria possível imaginar tal honraria. "No meu peito se encontra um certo silêncio preenchido por emoção, por imaginar minha trajetória até aqui, pensando em tudo o que eu já escrevi e ainda escreverei, cantarei, interpretarei, assimilarei e construirei junto à cultura brasileira".
Aos 28 anos, Liniker é cantora, compositora, atriz, artista visual, empresária e produtora. Natural de Araraquara, sua carreira ganhou destaque com o álbum "Indigo Borboleta Anil", pelo qual recebeu uma indicação e conquistou um prêmio no Grammy Latino de 2022, tornando-se a primeira pessoa trans a vencer a premiação.
Além da proeminência na música, ela tem passagem também na teledramaturgia, destacando-se em produções como a série "Manhãs de Setembro", disponível no Prime Video, e participando de séries renomadas como "3%" na Netflix e da novela "Cara e Coragem" na Rede Globo.
Além de Liniker, outros nomes também ocuparão cadeiras na ABC, como Daniela Mercury, Margareth Menezes, Conceição Evaristo, e Luana Xavier. O objetivo da instituição é fortalecer o setor cultural do Brasil.