
Se estivesse vivo, Jorge Amado completaria 111 anos nesta quinta-feira (10). Ele saiu da vida para entrar em definitivo na história em agosto de 2001, quando já era um dos autores mais bem-sucedido da literatura brasileira.
O baiano de Itabuna, no Litoral Sul, teve as obras traduzidas em 49 idiomas e distribuídas em 55 países. Os livros de Jorge têm como cenário o sul da Bahia, e todos possuem uma linguagem simples, o que os torna acessível para aqueles que não têm o costume de ler.
O cotidiano baiano, debochado e desbocado, pode ser conferido em obras sensacionais como O País do Carnaval; Cacau; Mar Morto; Capitães de Areia; Gabriela, Cravo e Canela; Dona Flor e seus dois Maridos; Tenda dos Milagres; Teresa Batista Cansada de Guerra; Tieta do Agreste; e A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água.
Boa parte destes títulos foram adaptados como peças teatrais, filmes, minisséries e telenovelas, mas a importância de Jorge Amado é ainda maior. Ele é considerado um representante da segunda fase do Modernismo no Brasil. Com essas obras ele introduziu debates sobre a realidade da vida de pessoas negras, nordestinas e que, muitas vezes, são marginalizadas nas histórias e na sociedade.