
Quando estreou em 2014, John Wick logo se popularizou como um filme de ação bem diferente dos demais. Investido em boas coreografias e uma direção mais criativa, a franquia se tornou uma referência no gênero. A jornada de John chegou ao fim em 2023, mas o universo da saga ainda tinha muito a ser explorado. Chegando hoje aos cinemas, Bailarina - Do Universo de John Wick tem a premissa de mostrar outra história daquele mundo de assassinos.
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Ao longo de quatro filmes, Keanu Reeves se estabeleceu como o grande rosto da franquia. Eve Macarro (Ana de Armas), que assume o posto de protagonista do novo longa, precisava lutar contra a “sombra” do sucesso de seu antecessor. Ana de Armas consegue lidar com a tarefa muito bem, esbanjando um carisma comparável ao de Reeves. A personagem é bastante diferente de John, apostando mais em combates dinâmicos e com armas brancas.
Se ligue no trailer:
'Bailarina' consegue um feito interessante, que é de ser um spin-off que não se apoia na sua franquia original. A obra respeita o que foi construído nos quatro filmes anteriores, mas sem abrir mão de uma identidade própria. O roteiro aprofunda a mitologia da Ruska Roma, uma organização responsável por treinar assassinos e bailarinas. Essa mistura entre algo artístico e letal traz um charme único para o grupo.

Além da protagonista, outro nome de peso no elenco é Norman Reedus. Ele desempenha um papel menor na trama, mas ainda consegue entregar um personagem bem marcante. Outro ator que dá as caras é Keanu Reeves, que retorna ao papel de John Wick. Aos fãs do personagem, podem ficar tranquilos, porque ele continua tão bom quanto antes. Uma das melhores cenas do longa é um embate entre John e Eva, que enfatiza a diferença de habilidades entre os dois. Uma das marcas registradas da franquia é como o protagonista sempre usa o ambiente ao seu favor durante as lutas. Essa tradição continua e, aliada a uma direção dinâmica, rende cenas de luta muito bem estruturadas.

'Bailarina - Do Universo de John Wick' é um spin-off que honra todo o legado da saga John Wick, mas que constrói caminho para algo único e novo com Ana de Armas. Ele se estabelece como uma grande promessa para a franquia, podendo ser uma nova ícone do cinema de ação.
Vilões com pouco carisma
Assim como o primeiro John Wick apresenta vilões bem sem sal, Bailarina parece ter seguido a mesma cartilha. Na trama, uma seita de assassinos é responsável por matar o pai da protagonista, o que desencadeia sua sede por vingança. Liderada pelo Chanceler, a organização é apresentada como um bando de loucos que matam apenas por prazer. Conforme a trama avança, é revelado que na verdade o grupo é formado por assassinos que querem viver uma vida comum, gerando uma certa decepção no espectador.

Apesar disso, a cena em que a protagonista chega ao covil da seita é bem conduzida. É muito satisfatório ver como, apesar daquelas pessoas terem uma “vida comum” na cidade, eles ainda assim carregam habilidades mortais. Essa nova seita expande ainda mais aquele universo, mostrando como ainda existem muitas outras facções que ainda não foram apresentadas.