Um dos maiores nomes da música brasileira, Gilberto Gil comentou sobre a sua trajetória artística e política e refletiu sobre a nova geração da música baiana durante a homenagem recebida na Noite da Aclamação, evento beneficente em prol das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), promovido por Léo Santana e Lore Improta nesta terça-feira (28), em Salvador.
O ex-ministro da Cultura destacou a naturalidade desse reconhecimento ao longo do tempo. "Sinais de que o tempo passou. Já vou fazer 83 anos este ano, tenho 50 e tantos anos de atividade artística e todos os derivados dessa atividade no mundo da política, então, é natural que essas coisas acabem acontecendo, pois são resultado da acumulação natural com o passar do tempo”, refletiu.
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Além de relembrar sua história, Gil destacou a importância da conexão entre gerações na música brasileira. “Para mim, é muito bonito ver o que os amigos, colegas modernos e novos colegas fazem, se baseando nesse campo de referências para dizer: 'olha, estamos todos aqui, as comunidades do passado e do presente, trabalhando pelas comunidades do futuro'”, completou.
A noite conta com apresentações especiais de Ivete Sangalo, Timbalada, Margareth Menezes, Rachel Reis e do próprio Léo Santana, em um repertório inspirado na carreira de Gil. O evento, que no ano passado homenageou a axé music, já arrecadou mais de meio milhão de reais para a OSID, contribuindo para a ampliação de leitos de UTI no Hospital Santo Antônio.
“É a cultura baiana reconhecendo seus antecessores de tudo, tudo é muito interessante, é bonito, e também uma causa já consagrada pelo público, que é a causa da Irmã Dulce. Essa Bahia toda cheira muito a esse lado afetivo, profundo e gostoso”, finalizou Gil, citando a arrecadação da Noite da Aclamação para a Osid.