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Leia a crítica - 12/06/2025, 13:30 - Artur Soares

Filme Como Treinar o Seu Dragão carrega tudo que deu certo no desenho

Longa adapta a história da animação, trazendo cenas grandiosas e uma nova roupagem

Live action da franquia estreia nesta quinta (12)
Live action da franquia estreia nesta quinta (12) |  Foto: Divulgação / Universal Pictures

A Dreamworks coleciona uma série de franquias bem sucedidas e uma das mais marcantes foi Como Treinar o Seu Dragão. Ao longo de três filmes, acompanhamos o crescimento de Soluço como viking e o desenvolvimento de sua relação com Banguela.

A saga havia sido encerrada em 2019, mas ela está prestes a passar por um recomeço. Nesta quinta-feira (12), Como Treinar o Seu Dragão retorna aos cinemas com uma versão em live-action.

Veja o trailer:

O novo filme adapta a mesma história do primeiro longa da saga de forma exatamente igual. Cada ponto da animação é transportado para a tela, só que agora com atores reais. Esse compromisso em ser algo extremamente fiel vai dividir opiniões. De um lado, uma legião de fãs ficará feliz pela trama permanecer a mesma, do outro, uma parcela do público pode ficar frustrado por assistir o mesmo roteiro outra vez.

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O grande trunfo do filme é como algumas dinâmicas do desenho ganham uma nova roupagem no live-action. Um exemplo disso são as cenas de voo com os dragões, que adquirem uma grandeza maior do que na animação por conta dos visuais hiper realistas. Por outro lado, existem algumas coisas que são funcionais apenas no material original, como alguns figurinos e certas piadas que permaneceram.

Um ponto que deve ser elogiado é como Dean DeBlois conduz a direção do filme. As sequências são empolgantes e conseguem transmitir com fidelidade o sentimento que existe no desenho de 2012.

Além disso, DeBlois consegue trabalhar a trilha sonora de forma muito eficaz, fazendo com que cada momento seja repleto de emoção. Os efeitos especiais também não deixam a desejar, com cada dragão sendo extremamente realista.

O elenco esbanja química e cada um está muito bem em cada papel. Mason Thames entrega uma ótima atuação como Soluço e sua relação com Banguela consegue ser muito comovente. Outro destaque é Nico Parker, que vive uma Astrid cheia de personalidade. Por fim, Gerard Butler se tornou uma versão bem odiável — ao mesmo tempo que correlacionável — do poderoso Stoico.

Como Treinar o Seu Dragão joga no seguro e, dessa forma, tudo que funcionou antes, também funciona bem aqui. Por mais que o roteiro seja igual, o live-action tem suas individualidades e traz uma nova roupagem para essa história.

Pontos para serem explorados

Por se focar apenas em replicar o que havia sido mostrado na animação, o live-action também acaba cometendo os mesmos erros que seu antecessor.

Um dos problemas é a forma como o roteiro trabalha os personagens secundários. Perna-de-Peixe, Melequento, Cabeçadura e Cabeçaquente acabam sendo meio escanteados na trama e só ganham mais espaço no último ato. Em compensação, o romance entre Soluço e Astrid é desenvolvido de forma muito agradável.

Mason Thames entrega uma ótima atuação como Soluço
Mason Thames entrega uma ótima atuação como Soluço | Foto: Divulgação / Universal Pictures

Um ponto em que o live-action se sobressai em relação ao material original é a forma em como ela apresenta a vila viking. Cada membro da tribo possui sua própria individualidade, o que é ressaltado durante o momento em que todos se reúnem.

Dessa forma, Dean DeBlois dá um pontapé inicial para um universo que tem muito potencial, contanto que não se prenda tanto assim ao material em que se baseia.

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