Casos de racismo envolvendo famosos estão sendo cada vez mais recorrentes e gerando uma grande discussão em torno do tema. A última vítima que tem dado o que falar no mundo das celebridades é a filha de Rafael Zulu.
O caso ocorreu em março deste ano em uma unidade do Colégio pH, no Rio de Janeiro, mas só teve as informações reveladas a público nesta quarta-feira (7), pela colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles. Segundo as informações divulgadas, dois alunos teriam cometido racismo com a adolescente, Luzia Zulu, de 16 anos, após reprovarem um suposto “comportamento bagunceiro” em sala de aula. Os jovens teriam dito a frase “só podia ser coisa de preto”.
A adolescente revelou o caso ao pai, que procurou a Decradi, Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, para fazer o registro do boletim de ocorrências. Rafael ainda não se pronunciou sobre o assunto.
A escola, no entanto, emitiu um comunicado onde repudiou a atitude dos jovens e informou que medidas necessárias foram tomadas pela direção da unidade de ensino e que “uma investigação interna foi instaurada e o conselho tutelar foi acionado” para completa apuração.
Confira a nota abaixo na íntegra:
“O Colégio pH repudia qualquer atitude discriminatória e o ocorrido não condiz com os valores e com as diretrizes adotadas pelo colégio, que zela pelo bem-estar e pelo acolhimento de todos os seus estudantes.
A direção tomou as medidas necessárias para que o respeito e a igualdade sempre prevaleçam, tratando o assunto com toda a gravidade que ele merece. Em março, uma investigação interna foi instaurada e o conselho tutelar foi acionado. O Regimento Interno do colégio prevê sanções a casos como esse.
A instituição de ensino tem como compromisso construir uma cultura antirracista, reafirmando que a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e igualitária é e sempre será uma responsabilidade diária do pH.
Para atingirmos esse objetivo, construímos nosso currículo com uma disciplina chamada “Convivência”, em que os alunos são convidados a refletir sobre temas como o racismo e suas manifestações. Também temos um projeto de Educação Decolonial Antirracista, para aprofundar esse debate com os alunos. Além disso, no trabalho com Literatura, fazemos questão de inserir, intencionalmente, autores e autoras negros brasileiros e livros que trazem pessoas negras como protagonistas; no trabalho em Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) buscamos trazer a cultura afro-brasileira para debate. Por fim, frequentemente realizamos rodas de conversa e palestras sobre esse tema para nossos alunos”.