Substituta de Terra e Paixão, “Renascer” conquistou o público do horário das 21h. A trama, que acompanha em duas fases a saga de José Inocêncio (Humberto Carrão e Marcos Palmeiras), encerra neste sábado (3), sua primeira parte, com sucesso de audiência.
Na história, “Zé” é um jovem que se ajoelha aos pés de um jequitibá para selar um acordo com Deus e o Diabo para prosperar e virar um grande produtor de cacau. Em meio a uma jornada repleta de desafios e inúmeras tentativas de assassinato, na primeira fase o “coronelzinho” encontra o amor nos braços de Maria Santa, vivida pela atriz Duda Santos.
Considerada um dos destaques pela crítica e pelos espectadores, que todos os dias invadem as redes sociais com comentários sobre a novela, a carioca tem 22 anos e esteve antes nas novelas "Malhação: Toda Forma de Amar" e "Travessia", além dos filmes "Um Ano Inesquecível: Verão" e "Pronto, Falei".
Mas para além de viver a experiência de estrelar sua primeira protagonista no horário nobre da Globo, Duda ainda precisou lidar com a missão de equilibrar legados, já que ela dividiu sua “Santinha”, com a veterana Patrícia França, que deu vida à personagem na primeira versão, de 1993. Em entrevista ao Portal A TARDE, a artista conta que chegou a receber um vídeo de Patrícia a quem considera como “uma super querida”.
“Fiquei extremamente emocionada [...] Não vejo a hora de conhecê-la pessoalmente”.
Outro importante legado envolve não só Duda, como a novela em si. Assim como “Pantanal”, Renascer é uma obra de Benedito Ruy Barbosa, cujo remake atual também foi assinado pelo neto do autor, Bruno Luperi. Desde a história, passando pela fotografia, e claro, escolha dos atores, as tramas foram bastante comparadas.
Duda contou que sentiu a pressão de repetir o sucesso de audiência de Pantanal e as comparações com Alanis Guillen, que, em um contexto de carreira parecido com o dela, deu vida à Juma. A carioca enfatizou que, embora exista essa expectativa, ela não permite que isso a paralise.
“Eu sinto que existe essa pressão, mas não deixo ela me paralise. Mesmo a novela sendo uma obra aberta e a recepção do público ser muito importante, não posso me deixar refém das expectativas criadas”.
Duda ainda destacou a importância de encontrar seu próprio tom na interpretação de Maria Santa, respeitando a essência da obra original, mas também trazendo uma nova perspectiva para o público.
“Isso [a pressão] é uma armadilha que pode interferir em toda a minha conexão com a Maria Santa. Renascer, assim como Pantanal, são perfeitas. Não dá para competir. Então você tem que encontrar o seu tom. O remake de Renascer é uma nova Renascer. Ao mesmo tempo que mantém a essência, é completamente diferente. Isso é o mais gostoso de todo esse projeto”.
Santinha na Bahia
Duda e sua Maria Santa ficaram apenas duas semanas no ar. Assim como outros nomes do elenco de Renascer, ela se despediu da trama na sexta-feira, 2, pois não volta para a segunda fase. No entanto, o tempo de tela foi suficiente para que o público se apegasse à atriz.
"Espero que a segunda fase esteja à altura"; "Vamos sentir falta da Santinha e do Zé Inocêncio juntos", comentaram internautas.
Para Duda, Santinha é uma “força da natureza”. A atriz conta que vê semelhança entre ela e a personagem: “acho que a fé que as coisas vão melhorar, sempre”.
Segundo a artista, que revelou planos de vir curtir o carnaval de Salvador, disse que gravar na Bahia “foi um verdadeiro sonho”. “A Bahia tem tudo de bom. Tem axé, tem dendê, tem uma energia única. Inclusive, passei meu réveillon aí e foi mágico. Eu ainda estou checando agendas mas quero muito dar uma passada no Carnaval de Salvador”.
Ainda sobre o estado, Duda revela que tem vontade de repetir as parcerias que já fez com baianos em Renascer e ainda ir além. “Quero trabalhar de novo com meus parceiros Edvana Carvalho, Fábio Lago, Evaldo Macarrão, Vladimir Brichta, Samantha Jones. Espero encontrar nas artes da vida Lázaro Ramos, Antônio Pitanga, Wagner Moura…E queria muito ter conhecido Gal, sou apaixonada por ela”, revelou.