Um narigudo rabugento, criaturinhas amarelas engraçadas e muitos super-vilões. Há 14 anos, a franquia Meu Malvado Favorito vem sendo o maior sucesso da Illumination. Diante tamanha repercussão, o filme se tornou uma espécie de modelo para todas as produções posteriores do estúdio. Não só isso, como também rendeu uma franquia de filmes derivada com foco apenas nos minions, os personagens mais famosos do desenho.
No quarto longa da franquia, que estreia nesta quinta-feira (4) nos cinemas, Gru se vê obrigado a ter uma vida comum depois que um de seus inimigos escapa da prisão em busca de vingança. Tentando se adaptar à nova rotina, ele precisa lidar com as responsabilidades geradas por seu novo filho. Assim como nos filmes anteriores, a produção repete de novo a fórmula de introduzir um personagem do passado de Gru que nunca havia sido mencionado até então.
Por sorte, os novos personagens conseguem ser realmente carismáticos. O vilão explora um conceito que, embora seja pensado como uma forma de piada, ainda consegue ser bastante interessante. Porém, o principal destaque vai para Poppy, a garotinha que sonha em ser uma super-vilã. Além da personagem ser extremamente cativante, a dinâmica entre ela e o protagonista também é muito boa.
Como era de se esperar, os minions roubam a cena sempre que aparecem e são responsáveis pelos melhores momentos. Vale destacar que na continuação somos apresentados a novas versões das criaturinhas amarelas, que agora possuem super-poderes. O grupo de mega minions ganham seu próprio arco na obra que, apesar de não levar a muita coisa, acaba gerando uma boa piada durante a história.
O principal problema do longa é o modo como ele tenta administrar seu tempo entre várias histórias diferentes, fazendo com que tudo seja um caos. A principal consequência disso é que alguns personagens recebem um tempo de tela mínimo, fazendo com que eles fiquem deslocados em meio a trama. Um exemplo disso são as três filhas de Gru, que nem parecem ter sido protagonistas um dia.
Meu Malvado Favorito 4 repete tudo o que os outros filmes fizeram. Com piadas engraçadas e personagens cativantes, o filme consegue ser uma bagunça divertida para assistir com a família, mas levanta o questionamento se a fórmula que a Illumination usa já não está ficando saturada.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos
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