Embora nem todos se lembrem, Marcos Mion não começou sua carreira como apresentador. Sua estreia na televisão aconteceu em 1999, quando fez parte do elenco de Sandy & Junior, série protagonizada pela dupla de mesmo nome.
Após ser contratado pela MTV, Mion se focou em apresentar programas de televisão, fazendo cada vez menos trabalhos como ator. Em 2025, ele retorna a atuação como protagonista do filme MMA - Meu Melhor Amigo.
O longa conta a história do lutador Max Machadada, ex-campeão de UFC que descobre ter um filho com autismo.
Veja o trailer:
A obra é fortemente inspirada na vida pessoal de Mion, que também possui um filho com o transtorno. “Tem alguns elementos da minha vida com o Romeo que eu emprestei para o Max viver com o Bruno, mas nem tudo que os dois vivem na tela é o que eu vivi”, ressaltou Mion em entrevista exclusiva ao MASSA!.
De forma muito tocante, a trama foca em como a relação com o filho desenvolve Max.
O roteiro consegue trabalhar seu protagonista de forma muito interessante. O apresentador conta que uma de suas principais influências para escrever o personagem foi um lutador da vida real.
“O Connor Mcgregor foi um cara em que eu me espelhei muito. Eu sempre admirei muito os lutadores que bolam um show, fazem uma performance”, contou.
O grande foco do filme é a mensagem sobre conscientização. O roteiro opta por reunir diversos momentos que trazem mensagens acerca da convivência com pessoas com autismo.
Dessa forma, além de muito sentimental, a obra também carrega uma grande importância na divulgação desse tema.
A produção bebe bastante de outros filmes relacionados a lutadores. A inspiração mais nítida é de Rocky, franquia protagonizada por Sylvester Stallone.
A sequência inicial inteira lembra bastante a cena icônica do personagem de Stallone treinando em seu bairro. “Não é só sobre MMA, eu me inspiro no Rocky Balboa em muitos aspectos da minha vida pessoal. Eu falo que Rocky Balboa é tipo uma bíblia, tem tudo lá”, confirmou o apresentador.
MMA - Meu Melhor Amigo é acima de tudo um filme sobre conscientização. O tema do esporte serve apenas como um background para uma construir uma história emocionante sobre paternidade e as complexidades de uma relação com alguém com transtorno do espectro autista.
Atual cenário do cinema nacional
Recentemente, o cinema brasileiro vem vivendo uma nova fase. Depois de Fernanda Torres levar o Globo de Ouro, pela atuação em Ainda Estou Aqui o público começou a perceber o impacto que as obras nacionais tem no mundo à fora.
“A vitória da Fernanda é muito importante para o cinema nacional, para cultura e para o povo brasileiro. Mostrou quantas pessoas sentiram orgulho e se movimentaram patrioticamente em relação a um prêmio de cinema”, pontuou Mion.
O apresentador ressaltou o fato de que as pessoas começaram a “redescobrir” o cinema brasileiro, mas que o cinema brasileiro nunca foi a lugar nenhum.
“Ele sempre esteve aqui, sendo feito, sobrevivendo e resistindo, mesmo a algumas avançadas contra a cultura e contra o cinema”, afirmou.
Depois do feito de Fernanda, Mion se mostra otimista em relação ao Oscar. “Ela encheu a gente de esperança. Eu quero Oscar sim. A gente merece”, acrescentou.
*Sob supervisão do editor Jefferson Domingos
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