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CineMassa - 18/04/2024, 06:00 - Artur Soares*

Crítica: com Wagner Moura, 'Guerra Civil' retrata realidade cruel

Filme debate a ética jornalística e consegue ser uma potente reflexão sobre o mundo atual

Atores Wagner Moura e Kirsten Dunst protagonizam o filme
Atores Wagner Moura e Kirsten Dunst protagonizam o filme |  Foto: Murray Close / Divulgação

“Os historiadores do presente”. Essa é a definição de muitos sobre o que é ser um jornalista. Independente de qual seja a opinião, o fato é que o fazer jornalismo é essencial para a manutenção da nossa sociedade como conhecemos. Apesar de crucial, nem mesmo essa profissão está isenta de suas polêmicas e controvérsias. É baseado nessa discussão que surge o filme Guerra Civil, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18). O longa hollywoodiano é estrelado pelo baiano Wagner Moura.

A trama se desenrola numa realidade distópica em que os Estados Unidos entram numa guerra civil. Uma força militar rebelde está com o objetivo de assassinar o líder da nação. O país está em completo caos e a população morre aos montes, seja pelo conflito ou pela falta de assistência. Nesse contexto, a dupla de jornalistas Joe e Lee está obstinada realizar a última a entrevista com o presidente antes de sua possível morte.

Veja o trailer

O jornalismo é uma área rodeada por diversos debates envolvendo ética. Até onde vai a isenção de uma notícia? Até onde um repórter pode ir para conseguir o que quer? E no meio de tantas perguntas, um dos alvos de debate mais recorrente é a moralidade na cobertura de guerra.

Alguns alegam que o jornalismo em guerra lucra com a tragédia alheia, outros defendem que é necessário mostrar a realidade da forma que ela é.

Trama se desenrola numa realidade distópica em que os Estados Unidos entram numa guerra civil
Trama se desenrola numa realidade distópica em que os Estados Unidos entram numa guerra civil | Foto: Murray Close / Divulgação

O longa consegue abordar toda essa discussão, apresentando os dois modos da moeda. Ao mesmo tempo que os jornalistas — neste caso, principalmente os fotojornalistas — passam por cima de qualquer coisa para conseguir sua matéria, a produção também mostra que aquele é um trabalho de documentação da história e que, acima de tudo, aqueles profissionais estão arriscando as próprias vidas para informar as pessoas.

Na trama, Wagner Moura vive Joel, um jornalista empenhado em conseguir uma última declaração do presidente
Na trama, Wagner Moura vive Joel, um jornalista empenhado em conseguir uma última declaração do presidente | Foto: Murray Close / Divulgação

E é óbvio que um dos motivos para a obra ser tão poderosa é seu elenco impecável. Depois de um excelente trabalho em Gato de Botas 2, Wagner Moura mostra para Hollywood que o talento brasileiro merece todo o reconhecimento do mundo. Kirsten Dunst não fica atrás e dá um show de atuação. Entregando uma enorme carga de drama, a atriz prova que é muito mais que apenas a “Mary Jane”.

Guerra Civil é um filme extremamente necessário nos dias de hoje. Abordando temas como ética e política, a obra consegue ser uma potente reflexão sobre o cenário do mundo atualmente.

“O Joel é pura Facom”, diz Wagner Moura

Uma coisa que algumas pessoas não sabem é que Wagner Moura, além de ator, também é jornalista. Nascido em Salvador, o ator se formou na Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia.

Na trama, Wagner Moura vive Joel, um jornalista empenhado em conseguir uma última declaração do presidente. “O Joel é pura Facom. Facom na veia”, disse o baiano em entrevista ao Cineinsite A Tarde.

Wagner Moura concede entrevista para o Cineinsite do Portal A Tarde
Wagner Moura concede entrevista para o Cineinsite do Portal A Tarde | Foto: Reprodução

Além de Joel, a estrela também viveu um jornalista investigativo na série Iluminadas. Essa vivência com a área facilitou o seu trabalho no recente Guerra Civil.

“Eu usei muito esse background de jornalista, todos os jargões, checagem de fatos e investigação”, assumiu. Ele também aproveitou para enaltecer o trabalho dos correspondentes de guerra.

“Acho um trabalho bonito e admirável, porque os profissionais colocam suas vidas em risco para trazer a informação”, elogiou.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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