Salvador amanheceu ao som de muito rock neste sábado. O dia 13 de julho é conhecido como o Dia Mundial do Rock e a capital baiana não ficou de fora dessa festa. Além de muitos eventos relacionados ao estilo musical, a cidade também abriga artistas que se aventuram nesse universo de guitarras e roupas pretas. Confira alguns grupos baianos de rock que você deveria dar uma chance:
Para começar, uma banda que já cravou seu nome no cenário musical baiano é a Ursal. Formada pelos amigos Marcus, Breno e Vinicius, o trio consegue ter uma identidade que se destaca em meio a cena do rock no estado. “Demorou um pouco para entendermos qual era nossa pegada, mas a única coisa que sabíamos era que todo integrante precisava ser de esquerda, gostar de café e ser a favor do que é certo para a sociedade”, contou Marcus Azevedo, vocalista e guitarrista do grupo.
Apesar de admitir que a Ursal bebe de diferentes fontes de inspiração, Marcus avalia que a música que os três produzem não tem bem uma definição ao certo. “Arrisco até a dizer que temos um som singular em que imprimimos nossos sentimentos e cada um contribui com o seu melhor para desenhar um produto final”, pontuou. Segundo o cantor, o grupo tenta misturar todos os estilos que os três gostam. “É tudo o que a gente escuta, pode até colocar um Chico Buarque nessa lista”, afirmou.
O músico apontou as dificuldades que um artista de rock enfrenta na capital baiana, mas garante que o gênero ainda vive em Salvador. “A cena de Salvador sempre dependeu de poucas pessoas que realmente estavam afim de se movimentar. Ainda bem que esses caras ainda resistem”, avaliou.
Outra gigante conhecida do público é a Retrofoguetes, que já coleciona mais de duas décadas de existência. “Tivemos um alcance que até hoje nos surpreende, porque somos uma banda instrumental, do Nordeste e baiana. Acho que em função disso tudo a gente foi bem longe”, analisou Rex, baterista do grupo.
O roqueiro relembra que antes existia mais espaço para o rock no país. “Tudo foi encolhendo de um jeito esquisito. Hoje eu acho que a gente vive um momento bem difícil, com poucos lugares para tocar”, detalhou. Rex ainda afirma que, diferente do que alguns possam pensar, a cena do rock em outros lugares do Brasil não é tão diferente do cenário na Bahia. “A gente vê que a coisa não é fácil em lugar nenhum e para ninguém. É sempre uma dureza”, relatou.
O baterista ainda revelou que uma de suas vontades é poder trabalhar com outras bandas brasileiras e até baianas. “São muitos músicos queridos e talentosos. A possibilidade de desenvolver alguma coisa com outras pessoas é uma ideia que sempre está presente”, definiu.
Por fim, mas não menos importante, a Lip Ba está ganhando bastante reconhecimento nos últimos anos. Recentemente, o grupo foi escolhido para se apresentar no festival Circuito do Rock por meio de uma votação popular. “Sabemos que somos queridos, mas a proporção dessa movimentação foi incrível demais para nós. Somos extremamente gratos”, revelou Lucas Barbosa, vocalista principal da Lip Ba.
Diferente das duas anteriores, a Lip Ba tem como diferencial ser uma banda cover de Linkin Park. Iniciando sua carreira musical como baterista, Lucas revela que a banda foi uma forma de realizar sua antiga vontade de ser um vocalista. “Linkin Park foi uma das minhas bandas preferidas durante a infância e adolescência. A ideia de fazer um tributo, além de homenageá-los, era realizar meu sonho”, afirmou.
Por uma trágica coincidência do destino, no mesmo ano da criação da Lip Ba, o Linkin Park se afastou dos palcos por conta da morte do vocalista Chester Bennington. “Hoje a nossa meta é fazer dos nossos shows o mais próximo possível dos shows da banda que não pudemos conhecer”, finalizou o cantor.
Box de serviço
Show da Ursal - 13/07
Local: Blá Blá Blá - Arte & Cultura
Horário: 16h
Ingressos: R$ 20
Show da Retrofoguetes - 26/07
Local: Largo Tereza Batista
Horário: 19h
Ingressos: R$ 20
Show da Lip Ba - 26/07
Local: Largo Tereza Batista
Horário: 20h
Ingressos: R$ 20