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Em cartaz - 09/05/2024, 06:10 - Artur Soares*

CineMassa: novo 'Planeta dos Macacos' revive franquia

Com novo protagonista, longa consegue ser um ótimo pontapé inicial

Nova produção apresenta Noa, o novo protagonista, e um clã inédito de macacos
Nova produção apresenta Noa, o novo protagonista, e um clã inédito de macacos |  Foto: Divulgação

Reinventar uma franquia não é uma tarefa fácil. Depois que uma saga se estabelece no imaginário popular, fica difícil apresentar uma nova roupagem para a mesma trama. Porém, esse feito foi alcançado com primor em 2011, depois do lançamento de Planeta dos Macacos: A Origem. O longa deu início a uma trilogia que se encerraria em 2017, mas a história dessa ficção científica ainda estava longe de seu fim.

Planeta dos Macacos: O Reinado chega aos cinemas nesta quinta-feira (9) com uma tarefa parecida com a produção de 2011: dar continuidade a um enredo que já havia encerrado.

Ambientado centenas de anos depois do último filme, a nova produção apresenta um novo protagonista e um clã inédito de macacos. Embora a comparação com César seja imediata, Noa apresenta muito potencial em ser o novo rosto da saga.

Além disso, a decisão de mostrar diferentes clãs de macacos foi uma das melhores possíveis. Se na humanidade existem diferentes povos, por que todos os macacos deveriam seguir a mesma cultura?

Abordar a maneira como aldeias diferentes vivem e os costumes de cada uma foi uma maneira inteligente de enriquecer o universo da saga. Também é interessante perceber como os macacos parecem terem regredido e não possuem mais acesso à tecnologia humana.

O vilão do filme apresenta um conceito muito bom e condizente com a realidade atual. Depois de assumir o nome de César, o antagonista começa a distorcer as mensagens daquele que é considerado o mais antigo herói dos símios.

Porém, tudo que há de bom em Proximus César acaba por aí. O vilão aparece pouquíssimas vezes, fazendo com que ele seja tão esquecível quanto os antagonistas anteriores.

O espetáculo visual também merece seu reconhecimento. Com uma fotografia de tirar o fôlego, o diretor Wes Ball consegue entregar cenas realmente poderosas.

Wes ficou conhecido por dirigir a franquia Maze Runner e alguns fãs podem até achar algumas semelhanças nesse novo trabalho. Apesar disso, o diretor consegue entregar um trabalho bem feito e que gera impacto quando deve.

Planeta dos Macacos: O Reinado é um ótimo início para uma nova trilogia. Com um bom protagonista, um mundo interessante a ser explorado e uma excelente direção, o longa consegue revitalizar mais uma vez uma das mais famosas ficções já criadas.

Flerte com o passado ou vislumbre do futuro?

O novo longa parece ser uma reunião de tudo que foi feito com a franquia até agora. Com uma trama que se desenrola num futuro distante, o filme remete ao Planeta dos Macacos original.

A produção de 1968 apresenta uma humanidade irracional, que foi subjugada pelos símios. Da mesma forma, o filme de Wes Ball mostra que os humanos sofreram um enorme regresso em sua condição evolutiva por conta de um vírus.

Além disso, existem diversas referências ao filme original, como o fato de parte do enredo se passar numa praia. Porém, as referências não param por aí.

O legado de César, protagonista da trilogia que se encerrou em 2017, é parte essencial da trama e, desse modo, existem vários elementos que remetem ao personagem.

Planeta dos Macacos: O Reinado termina com um gancho para uma continuação e deixa a entender que esse “resgate ao passado” também será o tom das sequências.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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