No mundo onde a água se tornou um recurso mais raro do que ouro, a única lei vigente é a da estrada da fúria. Desde dos anos 1970, Mad Max se consagrou como uma das maiores franquias de ação de todos os tempos. Ambientado em um futuro pós-apocalíptico, a saga sempre chamou a atenção por seu universo rico e um visual único, tudo isso unido a sequências de ação de tirar o fôlego.
Em 2015, a saga chegou ao seu auge depois do lançamento de Mad Max: Estrada da Fúria. Dentre os personagens, a Imperatriz Furiosa conquistou o carinho do público e isso lhe rendeu a sua própria história. Furiosa: Uma Saga Mad Max chega nesta quinta-feira (23) aos cinemas e se passa antes de Estrada da Fúria, mostrando como a imperatriz de poucas palavras conquistou seu cargo dentro da Cidadela de Immortan Joe.
Quando foi anunciado que Charlize Theron sairia do papel de Furiosa, uma parte do público ficou receosa. A atriz Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha) deu conta do recado e entregou uma ótima performance, entretanto, sua introdução na história só acontece depois da metade do longa.
O filme perde tempo demais contando detalhes da infância da protagonista. Apesar de demorada, essa primeira metade serve para apresentar o antagonista Dementus, interpretado com maestria por Chris Hemsworth.
Com veículos que conseguem ser tão insanos quanto seus motoristas, a estética continua sendo o grande ponto alto da franquia. Apesar disso, diferente do seu antecessor, a nova produção aposta num visual mais “suave”. Os personagens não chegam a ter aparências tão grotescas e memoráveis quanto a obra de 2015, mas ainda é notável que eles fazem parte do universo de Mad Max.
O longa consegue expandir ainda mais o universo da franquia, apresentando locações e personagens que não tínhamos visto até então. O longa bebe muito da trilogia original, unindo parte do que deu certo em Estrada da Fúria com a vibe presente nos três primeiros filmes da saga. Essa junção resulta em um projeto um pouco confuso, mas que ainda tem seu charme.
Furiosa: Uma Saga Mad Max não busca ser a mesma coisa que seu antecessor, o que pode decepcionar alguns e surpreender outros. Mesmo quase uma década depois de seu último lançamento, a franquia segue mostrando que esse vasto deserto ainda esconde muitas boas histórias.
“John Wick Indiano” em Fúria Primitiva
Outro grande lançamento que está chegando nesta quinta aos cinemas é Fúria Primitiva, que é dirigido e protagonizado por Dev Patel. O longa repercutiu na internet por conta de suas várias semelhanças com a franquia John Wick, lhe rendendo até a alcunha de “John Wick Indiano”.
Mas a nova produção é bem mais que apenas mais um filme de ação. A obra é carregada de simbolismos e tem uma forte inspiração no hinduísmo.
Além disso, o roteiro também faz uma forte crítica a cultura da Índia e como ainda existe uma grande devoção a líderes religiosos.
Por ser sua estreia na direção, Patel comete alguns erros no cargo, principalmente no que diz respeito aos exageros. Apesar disso, ele se sai bem como um todo e ainda entrega uma ótima atuação.
Com cenas de luta brutais e uma trama envolvente, o filme tem de tudo para virar uma nova franquia e consolidar Patel na função de diretor.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos
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