O músico Alexandre Guedes vai fazer a galera curtir esse Dia dos Pais de maneira bem bonita. Papai de quatro filhos, o líder da banda Motumbá preparou um lançamento especial para este domingo. Ele vai publicar nas redes sociais um poema que criou chamado Pais Também São Sensíveis, em que reflete sobre o processo da paternidade.
“Ser pai é cuidar, acariciar e respeitar. Para mim é uma troca e nessa troca você primeiro precisa dar para depois receber”, comentou em entrevista ao Jornal MASSA!.
Ele contou que a ideia para essa nova produção surgiu ainda no período de pandemia e explica que sua relação com os filhos foi construída na base de muita conversa. “O diálogo faz qualquer coisa que você venha a decidir ser diferente”, apontou.
Alexandre começou sua carreira artística ainda cedo. Aos 13 anos, escreveu a primeira canção, para participar de um bloco afro que acontecia no bairro do Candeal. “Foi minha forma de subir aos palcos”, acrescentou. A influência para investir no ramo veio das confraternizações em família, que eram sempre ao som de muita música. “Aos domingos, era feijão e samba”, relembrou.
Por estar sempre participando de shows com o Motumbá, o vocalista admite que isso fez com que ele se distanciasse um pouco dos filhos. “Quando as pessoas estão folgando, a gente está trabalhando. Então dificilmente passamos datas comemorativas juntos”.
Apesar disso, ele cita que atualmente a tecnologia ajuda a encurtar essa distância e que os filhos dão sugestões para suas melodias. “Eles sempre colaboram de uma forma bem espontânea”, pontuou.
Porém, a distância ainda continua com seu filho Alê, que atualmente está morando na Europa. “É bem difícil. A gente sente para caramba porque é filho e filho a gente ama”, lamentou. Apesar disso, ele se demonstra feliz com o crescimento dos filhos e afirma que vai apoiá-los em qualquer decisão. “Eu tenho a filosofia de que se eu não puder ser auxílio, empecilho eu não vou ser”, constatou.
Filhos de peixe, peixinho são?
Além de começar cedo na música, Alexandre Guedes também estreou como papai na adolescência. O cantor da Motumbá teve sua primeira filha aos 17 anos, sendo a única menina da família. Ela decidiu não seguir no mundo da música, mas relata que o pai sempre a apoiou em tudo que tentou fazer. “Em nenhum momento ele foi negativo, sempre disse para eu seguir meu coração”, comentou Sheila, de 35 anos. Atualmente ela é confeiteira e enxerga nessa área uma forma de fazer arte.
“Cada bolo é único porque eu tento transmitir neles o que eu sinto”, comentou a moça. Diferente dela, o jovem Tauã, 23 anos, e Lázaro, de 7 anos, resolveram que iriam trilhar o mesmo caminho que o pai. Tauã confessa que decidiu morar com Alexandre justamente para conseguir se aproximar mais do mundo da música. “Ele sempre me deu toda a base e me apoia bastante até hoje”, observou. Já o caçula acrescentou que seu pai é sua maior inspiração. “Eu comecei a cantar porque quero ficar igual a meu pai e ser cantor da Motumbá”, disparou o pequeno Lázaro.
Grande artista, pai ainda maior
Por fim, o músico ressaltou que, por ter sido criado por sua mãe e avó, esse núcleo feminino teve uma grande influência no modo como ele lida com a paternidade. “Digo para meus amigos que o homem precisa viver um dia de mãe. Isso é importante para que a gente saiba valorizar”, assegurou. E para esse dia dos pais, ele deixou um conselho especial para quem vai embarcar nessa jornada. “Costumo dizer que para ser um bom pai você precisa deixar seu lado feminino aflorar”, concluiu.
Embora Alexandre precise se distanciar por conta da rotina de shows, os filhos argumentam que isso nunca afetou a relação entre eles. “Nunca houve espaço para existir alguma situação de tensão. Nossa base familiar é muito forte”, defendeu Tauã. Além disso, eles explicam que, embora o pai não possa estar junto deles em algumas datas, ele sempre encontra um jeito de compensar essa falta. “No momento que ele tem a oportunidade de estar presente, ele realmente está presente”, ressaltou a mais velha. Os filhos também fizeram questão de ressaltar como Guedes exerce bem a função paterna. “Ele é a pessoa que fortalece, que dá ensinamento, mas também está ali para dizer a verdade e dar o puxão de orelha”, descreveu o jovem músico. ”Meu pai é uma fortaleza legal”, finalizou o mais novo.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos.
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